A eficácia da resposta do braço político do
Movimento das Forças Democráticas da Casamansa (MFDC) face a greve por dois
meses e meio dos transportadores, demonstrou mais uma vez o alto nível de
profissionalismo na gestão dos interesses do povo da Casamansa. Isto permitiu
hoje regularizar os problemas internacionais, como a travessia da Gâmbia para o
Senegal.
Esta é uma lição que os casamanseses não
deixaram de tirar com orgulho tanto mais que o recuo e os novos dados mostram
mais claramente que o Estado do Senegal, portanto o seu ministério dos transportes,
utilizou as associações senegaleses de transportadores, como instrumento de pressão
económica contra a Gâmbia e a Casamansa.
Duas horas foram suficientes para os líderes
do MFDC convocarem os sindicatos dos transportadores e resolver, colocando
fim ao boicote da transgâmbia e assim, restabelecer o transporte de pessoas e
bens e apaziguar as tensões entre a Gâmbia e os seus vizinhos.
Se o MFDC não tivesse ripostado com uma tal celeridade
e rigor, seria provavelmente um desastre, não só económico, mas sobretudo
humanitário cuja amplitude se imaginaria.
"O que o governo senegalês não conseguiu
resolver num espaço de 72 dias, eis que a equipa política do MFDC resolveu o
problema em duas horas. Isto denotou claramente a ausência de Estado." Confiou-me
um comentarista avisado da situação casamansesa.
Há, portanto, algo para os casamanseses
orgulharem-se de terem responsáveis políticos de alta postura, estadistas que
eu direi, capazes de intervirem nestas situações difíceis servindo os
interesses da nossa Casamansa, sem ingerência ou interferência externa e
consolidar para sempre uma política de dividendos.
Aqui está mais uma prova de que a
inteligência dos casamanseses, o seu nível de competências e o seu sentido de
dever são elevados. Não é preciso mais que levar este belo país à
independência, porque estamos convencidos de que não temos necessidade que
outros venham de algures nos governar. Bintou Diallo - Casamansa
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