Pré-sal movimenta economia
do país e crescimento de novos setores
Depois das descobertas da
camada pré-sal, o Brasil caminha para se tornar um dos principais polos de
exploração marítima de petróleo e gás. Diante destas perspectivas, várias
questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável e a segurança marítima
assumem extrema relevância no contexto econômico.
A expansão do setor tem
exigido maior empenho das empresas para minimizar os impactos ao meio ambiente.
O mercado passou a exigir que, cada vez mais, as petrolíferas invistam em
equipamentos sofisticados para evitar novos acidentes, e há também preocupação
das empresas quanto aos sistemas de segurança, planos emergenciais,
treinamentos e a preocupação com meio ambiente.
Em geral, as medidas de
prevenção para o pré-sal são as mesmas adotadas em outros tipos de exploração
com perfuração, só que neste caso as águas são mais profundas, com alta pressão
e temperaturas mais elevadas, o que eleva os riscos exploratórios. Isto significa
custos mais altos e cuidados extras para desenhar e estruturar poços e
desenvolver os planos de perfuração.
O Labtox é um dos poucos
laboratórios que realizam testes ecotoxicológicos no Brasil para estudar os
impactos da exploração e produção de petróleo em organismos marinhos. Estes
estudos são exigidos Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis) para avaliar os produtos utilizados durante a
perfuração de poços, efluentes e descargas potenciais de plataformas de petróleo.
No Rio de Janeiro, o Labtox é o único que trabalha com testes em organismos
marinhos.
"Os ensaios são um
importante instrumento para monitorar a toxicidade os efeitos que os fluidos
utilizados durante a perfuração dos poços podem causar no ambiente marinho.
Eles estão entre as exigências da atual legislação ambiental em processos de
exploração e produção de petróleo", explica a bióloga Maria Cristina Maurat,
diretora do Labtox.
Os resultados orientam as
medidas preventivas, tais como, a seleção de produtos com baixa toxicidade e
adoção de tecnologias mais eficientes. Assim, a análise torna-se essencial para
proteger a vida aquática, ajudando a reduzir os níveis de poluição, entre
outros possíveis danos. Ivonete Dainese –
Brasil in “Ultimoinstante”
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