Depois da Guiné Equatorial, o primeiro país
da região do Golfo da Guiné, a preparar a marinha para o combate à pirataria
marítima que tem aumentado na região, cabe agora a Angola preocupar-se com as
ameaças reais às plataformas petrolíferas, ao tráfego comercial, às capturas
ilegais de pescado e o mais preocupante, o despejo de resíduos tóxicos nas
águas próximas da sua costa marítima.
Barra do rio Dande |
Para tal, Angola vai construir um complexo
portuário que contempla, um porto comercial para descongestionar o porto de
Luanda, um estaleiro e uma base naval na barra do Dande, província do Bengo,
que dista cerca de 50 quilómetros a norte da capital.
Angola tem em carteira a compra de vários
navios de guerra e segundo o sítio brasileiro Defesa Aérea e Naval que passamos
a citar: “Ao que tudo indica, a Angola fechou a compra do porta-aviões Príncipe
de Asturias com o Governo espanhol, e ainda se comprometeu em adquirir navios
patrulhas que também deram baixa da Armada espanhola (P-27 Ízaro, P-61 Chilreu,
F-32 Diana) e o navio de desembarque de carros de combate L-42 Pizarro (ex-USS
Harlan County LST-1196). A venda se concretizou após a visita de uma delegação
composta por almirantes angolanos, que foram conhecer o estado em que se encontra
o navio. Esta mesma delegação foi recepcionada pela Navantia, com o objectivo
de apresentar como e onde seriam feitas as adaptações e a modernização do
porta-aviões.”
Príncipe de Asturias |
O porta-aviões Príncipe de Asturias
encontrava-se ao serviço da armada espanhola desde 30 de Maio de 1988 onde
esteve em missão durante 24 anos. Tem a capacidade para transportar 29
aeronaves.
Conforme afirmámos no texto Golfo da Guiné o
problema da pirataria marítima obriga a uma intervenção conjunta de diversos
países que tenham como objectivo comum, em primeiro lugar, a preservação do mar
e depois o combate a todos os actos que decorrem de actividades ilegais. Esse
conjunto de países, devido à sua especificidade, podem através da Comunidade de
Países de Língua Portuguesa (CPLP), iniciar uma fiscalização preventiva sobre
as águas territoriais e adjacentes em águas internacionais, dando um novo e
oportuno sentido a esta Organização.
Contudo, é necessário uma frota composta de
navios com alguma agilidade, rápidos, de fácil manutenção (custos de pessoal e material),
com possibilidade de intervenção aérea, principalmente de helicópteros, de
poucos mas eficientes efectivos, tudo aquilo que não se espera do porta-aviões
Príncipe de Asturias. Baía da Lusofonia
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