Uma centena de empresas moçambicanas já
prestam serviços à ANADARKO
Cerca de 100 empresas moçambicanas já estão a
prestar serviços à multinacional petrolífera norte-americana Anadarko, que
projecta investir cerca de 15 mil milhões de dólares na exploração do gás
natural, na província de Cabo Delgado, segundo foi dado a conhecer, esta
quarta-feira, 18 de Dezembro de 2013, em Maputo, no decurso do Business
Breakfast sobre Conteúdo Local.
Imagem: Geo ExPro |
O encontro, promovido pela CTA-Confederação
das Associações Económicas de Moçambique, em parceria com a Anadarko, insere-se
no âmbito de uma série de seminários, que visam a promoção de oportunidades de
investimentos em Moçambique e desenvolvimento de fornecedores no sector do
Petróleo, Gás e Minas.
Eduardo Macuácua, director adjunto da CTA
explicou a propósito que "as grandes empresas que estão envolvidas na
exploração de minerais e hidrocarbonetos contêm políticas internas de
envolvimento de empresas moçambicanas e comunidades locais, no entanto, o que
nós estamos a fazer, como CTA, é promover uma série de encontros para a transmissão
de informações concisas sobre os requisitos necessários para participar na
cadeia de fornecimento de bens e serviços das multinacionais".
Acrescentou que, "a CTA, por iniciativa
própria, levou a cabo um projecto de legislação sobre Conteúdo Local, que vai
permitir que se defina claramente a participação das empresas e comunidades
locais nos grandes projectos, porque acreditamos que não há desenvolvimento que
exclua as comunidades locais".
O director adjunto da CTA avançou ainda que
cerca de 98 por cento das empresas moçambicanas são de pequeno e médio porte e
precisam de se capacitar, para além de conhecer melhor este ramo industrial que
é novo, daí que a CTA tem vindo a encorajar os parceiros e o Governo para
investir na sua capacitação.
Por sua vez, Alcido Mausse, director de
Assuntos Sociais e Governamentais da Anadarko Moçambique, referiu que "os
requisitos exigidos pelas multinacionais podem parecer pesados, mas, no nosso
caso vertente, ainda não estão claramente todos definidos".
"Apenas definimos o básico e
indispensável, como por exemplo ser uma empresa moçambicana, registada e que
tenha conhecimento do sector", indicou, realçando que "as três
companhias que vão construir os complexos de liquefacção de gás na costa
moçambicana é que vão determinar os requisitos pormenorizados das empresas por
subcontratar".
Refira-se que a Anadarko prevê iniciar, em
2014, a primeira fase do projecto, que compreende a construção de
infra-estruturas básicas, acomodação, abertura de acessos, dragagem, provisão
de serviços essenciais, como água, saneamento, melhoria de estradas, entre
outros, de modo a que em 2018 possa arrancar com a exploração do Gás Natural
Liquefeito. Olá Moçambique - Moçambique
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