Heróis da liberdade, Madiba e Pai Koulempi conduziram
a mesma luta
A cimeira no Eliseu para a paz e segurança em
África terminou no passado fim-de-semana, (06 e 07 de Dezembro de 2013) em
Paris na presença de quarenta chefes de Estado e de Governo, enquanto o
continente está enlutado pelo desaparecimento trágico de Nelson Mandela aos 95
anos, cuja vida foi dedicada à luta contra o apartheid e a exclusão e pela liberdade e dignidade dos africanos.
A este combate também o padre Diamacoune
Senghor dedicou toda a sua vida pela libertação e independência dos povos
africanos.
Como Madiba é o nome dado a Mandela, Pai
Koulempi é o nome familiar dado pelo povo de Casamansa a Diamacoune.
Se Mandela passou perto de 30 anos na prisão
em Robert Island, Diamacoune passou pelo mesmo combate nas prisões de Reubeuss-Dakar,
de Hann-Dakar e de Thiès.
Se Madiba faleceu longe da sua terra natal,
Qunu, Pai Koulempi morreu longe da sua Casamansa.
Ambos foram tratados como perigo público para
a segurança do Estado.
Como Madiba para a África do Sul, o padre
Diamacoune Senghor encarna para a Casamansa os valores universais do direito de
uma vivência livre.
Os dois heróis são símbolos amplificados da
luta incansável que deveria guiar os líderes africanos reunidos em Paris para
assumir o comando e encontrar as soluções que se impõem para libertar,
assegurar e desenvolver o nosso continente.
Os africanos têm portanto todo o interesse em
retomar a iniciativa, a fim de assumir a sua própria estabilidade e
desenvolvimento de África.
A Casamansa do padre Augustin Diamacoune
Senghor que tinha feito a profecia com estas palavras “a unidade africana
poderia começar em Casamansa” participará ao mesmo nível de todos os Estados
africanos para reforçar a capacidade da União Africana em encontrar soluções
africanas para os problemas africanos.
A história recente nos ensina que nenhum
país, por mais poderoso que ele seja, não pode substituir as populações
africanas na resolução das nossas preocupações quotidianas.
Se a luta contra o terrorismo em África é o
primeiro argumento para o intervencionismo no continente, o problema de África
foi a escravatura, a colonização e o terrorismo que são todas as formas de
ocupação e de negação da liberdade individual.
Para esta luta, a Casamansa participa há cinco
séculos, especialmente a este nível para a sua “libertação” contra Portugal, a
França e ainda que lhe pese ao Senegal.
A luta continua… Bintou Diallo – Casamansa - Casamance
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