Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 15 de dezembro de 2013

Heróis da liberdade

Heróis da liberdade, Madiba e Pai Koulempi conduziram a mesma luta



A cimeira no Eliseu para a paz e segurança em África terminou no passado fim-de-semana, (06 e 07 de Dezembro de 2013) em Paris na presença de quarenta chefes de Estado e de Governo, enquanto o continente está enlutado pelo desaparecimento trágico de Nelson Mandela aos 95 anos, cuja vida foi dedicada à luta contra o apartheid e a exclusão e pela liberdade e dignidade dos africanos.

A este combate também o padre Diamacoune Senghor dedicou toda a sua vida pela libertação e independência dos povos africanos.

Como Madiba é o nome dado a Mandela, Pai Koulempi é o nome familiar dado pelo povo de Casamansa a Diamacoune.

Se Mandela passou perto de 30 anos na prisão em Robert Island, Diamacoune passou pelo mesmo combate nas prisões de Reubeuss-Dakar, de Hann-Dakar e de Thiès.

Se Madiba faleceu longe da sua terra natal, Qunu, Pai Koulempi morreu longe da sua Casamansa.

Ambos foram tratados como perigo público para a segurança do Estado.

Como Madiba para a África do Sul, o padre Diamacoune Senghor encarna para a Casamansa os valores universais do direito de uma vivência livre.

Os dois heróis são símbolos amplificados da luta incansável que deveria guiar os líderes africanos reunidos em Paris para assumir o comando e encontrar as soluções que se impõem para libertar, assegurar e desenvolver o nosso continente.

Os africanos têm portanto todo o interesse em retomar a iniciativa, a fim de assumir a sua própria estabilidade e desenvolvimento de África.

A Casamansa do padre Augustin Diamacoune Senghor que tinha feito a profecia com estas palavras “a unidade africana poderia começar em Casamansa” participará ao mesmo nível de todos os Estados africanos para reforçar a capacidade da União Africana em encontrar soluções africanas para os problemas africanos.

A história recente nos ensina que nenhum país, por mais poderoso que ele seja, não pode substituir as populações africanas na resolução das nossas preocupações quotidianas.

Se a luta contra o terrorismo em África é o primeiro argumento para o intervencionismo no continente, o problema de África foi a escravatura, a colonização e o terrorismo que são todas as formas de ocupação e de negação da liberdade individual.

Para esta luta, a Casamansa participa há cinco séculos, especialmente a este nível para a sua “libertação” contra Portugal, a França e ainda que lhe pese ao Senegal.

A luta continua… Bintou Diallo – Casamansa - Casamance

Sem comentários:

Enviar um comentário