Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 17 de novembro de 2013

Intelectuais e Universitários da Casamansa denunciam

Denúncia das manobras da Comunidade de Santo Egídio e do Estado do Senegal em Roma, contra o povo da Casamansa.

O círculo de intelectuais e universitários do Movimento das Forças Democráticas da Casamansa (MFDC) denúncia as manobras da Comunidade de Santo Egídio e do Senegal na procura da paz na Casamansa.

Em nome de todos os combatentes leais do MFDC e dos companheiros de luta da ala civil e política, queremos esclarecer que o nosso movimento não se sente preocupado, nem de perto nem de longe, por estas negociações complacentes e obscuras, que tiveram lugar em Roma.

Pois, o MFDC não reconhece a Comunidade de Santo Egídio como um órgão conciliador no conflito armado contra o Estado do Senegal desde há trinta anos.


Igreja de Santo Egídio sede da Comunidade
Da mesma forma, a Itália nunca foi um país colonizador da Casamansa. Nesta matéria, o país colonial não pode ser minimizado em favor de um grupo de amadores. A Casamansa em luta, através das suas forças armadas e políticas apela à razão da Comunidade de Santo Egídio e ao governo do Senegal, senão as suas manobras em curso, degenerarão numa nova escalada na Casamansa, para o desgosto das pessoas e duma paz justa baseada na verdade.

Desde o surgimento do Estado moderno, a Casamansa inspira-se nos arquivos coloniais franceses para estabelecer no direito a sua causa para erigir o seu território em Estado-Nação.

Em compensação, se um poderio financeiro para cima de centenas de milhões de CFA, procura impor, na busca de publicidade, os monges da Comunidade de Santo Egídio como um órgão para facilitar as negociações, neste caso, engana-se sobre a natureza do que é um conflito armado.

O destino económico e político da Casamansa está vocacionado a ser confiado a profissionais como o Sr. SAÏD DJINNIT representante do Secretário-Geral das Nações Unidas na África Ocidental.

Aproveitamos esta oportunidade para dizer à Sra. Amsatou SOW SIDIBÉ que o conflito armado na Casamansa não pode ser equiparado à crise da Costa do Marfim.

Por isso, falar de “verdade e reconciliação” é desprezar séculos de resistência liderados pelos nossos avós para a independência da Casamansa. Este conflito armado excede estes slogans de duas balas.

Portanto, se este conselheiro do Presidente da República do Senegal está com falta de inspiração para a sua suposta missão, ele que não use em seu favor a nossa luta para justificar o seu trabalho.

É preciso acrescentar que o Estado do Senegal sopra o quente e o frio no processo de resolução de conflitos. Noutras palavras, de manhã enceta negociações com supostos representantes complacentes do MFDC, e à noite, fortalece a sua posição sobre o seu 3º acto da política de descentralização.

Gostaríamos de lembrar aqueles que não desejam compreender que o MFDC luta pela independência da Casamansa, que o acto 3 da política de descentralização do Senegal, não mudará em nada a nossa posição e a nossa ideologia nacionalista. Por isso a Casamansa não espera pelo Estado do Senegal para se tornar independente. Mais ano menos ano, tal acontecerá.

Viva a Casamansa livre e independente

O círculo de intelectuais e universitários do MFDC.

CUI – MFDC - Casamansa


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