O Presidente chinês, Xi Jinping, e a Primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, prometeram combater as redes de burla que assolam o sudeste asiático, durante um encontro, em Pequim.
A Tailândia e a China tomaram medidas para resolver o problema das burlas, incluindo uma visita de Liu Zhongyi, vice-ministro chinês da segurança pública, à região fronteiriça.
“A China aprecia as fortes medidas adoptadas pela Tailândia para combater a fraude online. As duas partes devem continuar a reforçar a aplicação da lei, a segurança e a cooperação judicial”, disse Xi, citado pela televisão estatal CCTV.
“A Tailândia está disposta a reforçar a cooperação em matéria de aplicação da lei com a China e outros países vizinhos e a adoptar medidas resolutas e eficazes para combater os crimes transfronteiriços, como o jogo e a fraude”, garantiu Paetongtarn.
Esta semana, a Tailândia cortou o fornecimento de electricidade a algumas zonas de Myanmar junto à sua fronteira, para tentar perturbar as operações dos grupos fraudulentos. O efeito desta medida não é claro, uma vez que os complexos têm frequentemente geradores próprios.
A visita à China é a primeira de Paetongtarn como Primeira-ministra e ocorre numa altura em que os dois países celebram 50 anos de laços diplomáticos.
Por outro lado, Xi afirmou que a China está pronta a trabalhar num novo projecto ferroviário entre os dois países. Na terça-feira, a Tailândia aprovou uma ligação ferroviária de 10 mil milhões de dólares que ligará Banguecoque à linha de alta velocidade Laos-China. Segundo Xi, os dois países também esperam aprofundar a cooperação no domínio dos veículos eléctricos, uma vez que a Tailândia é um mercado emergente para os fabricantes chineses.
A China já foi uma parte significativa do segmento turístico da Tailândia, mas em 2024, o número de visitantes baixou para 6,7 milhões, muito abaixo dos 11 milhões em 2019, quando os chineses representavam quase um terço de todas as chegadas. Paetongtarn frisou que a Tailândia está disposta a acomodar os interesses chineses em questões fundamentais.
Vincou ainda que a Tailândia respeita “firmemente” o princípio de ‘uma só China’, a posição de Pequim segundo a qual Taiwan faz parte da China. In “Jornal Tribuna de Macau” – Macau com “Lusa”
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