O
Governo prevê avançar, em 2017, com a nova ligação ferroviária de mercadorias
Sines-Caia, disse hoje o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro
Marques, prometendo a melhor solução para o contestado traçado em Évora
“Espero que, em 2017, uma
parte desse investimento do corredor [Sines-Caia] já esteja no terreno,
nomeadamente no troço mais perto da fronteira”, afirmou aos jornalistas o
governante, no final de uma reunião de trabalho com autarcas do Alentejo.
O encontro, realizado na sede
da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, em
Évora, faz parte da iniciativa governamental denominada “Cinco Regiões, Mais
Investimento”.
Considerando o projeto da
ferrovia Sines-Caia “muito importante para o país”, o ministro referiu que a
futura linha, com passagem por Évora, vai “dar mais competitividade” a Sines,
“como principal porto para Madrid” e colocar as mercadorias portuguesas em
Espanha e na Europa.
Questionado sobre o troço em
Évora, que prevê atravessar a cidade e que tem sido contestado pelo município,
partidos e população, Pedro Marques frisou que o Governo vai “perspectivar uma
solução que venha a ter um bom acolhimento global”.
“Temos tempo e não precisamos
de andar de forma apressada a escolher uma boa solução” para o traçado da linha
junto a Évora, assinalou, referindo que o investimento vai ser desenvolvido ao
longo dos “próximos quatro anos”.
O governante adiantou que o
Governo e a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) já estão a
trabalhar com a Câmara de Évora (CDU) para que sejam escolhidas “soluções
adequadas”, assegurando que as populações vão ser ouvidas sobre o assunto.
“No contexto dessa solução,
ponderaremos o benefício para as populações, a competitividade para o
transporte de mercadorias e os custos que estão associadas”, realçou.
Na sua página da Internet, a
IP refere que o projeto do corredor ferroviário entre Sines e Caia inclui
intervenções já concluídas, entre as quais a modernização do troço Bombel/Casa
Branca/Évora, e outras em planeamento.
Entre as obras em planeamento,
segundo a IP, está a ligação entre Évora e Caia, na zona raiana de Elvas, cuja
contratação do projecto de execução está em curso, estando a conclusão da
empreitada prevista para 2020 e a entrada em exploração em 2021. In “Transportes
& Negócios” – Portugal
A linha férrea Sines – Caia pode ser uma oportunidade para os mais diversos negócios, principalmente para a costa do sudoeste alentejano.
A linha férrea Sines – Caia pode ser uma oportunidade para os mais diversos negócios, principalmente para a costa do sudoeste alentejano.
É uma linha para o transporte
de mercadorias entre o porto de Sines e o principal mercado espanhol, a região
de Madrid e num futuro próximo uma boa ligação ferroviária ao mercado europeu,
retirando a excessiva dependência do transporte de mercadorias rodoviário.
Quando se projecta
infraestruturas como esta linha ferroviária há que privilegiar todas as sinergias
com as restantes infraestruturas próximas, como é o caso do aeroporto
internacional de Beja, que tem a única pista no continente com 60 metros de
largura.
Este aeroporto poderá estar
para o turismo alentejano como o aeroporto de Faro está para o algarvio. O
Alentejo que representa um terço do território continental apenas tem proveitos
na área do turismo de cerca de 3% do total nacional.
Uma linha férrea quando se
constrói deve permitir a sua utilização em todas as suas valências, tanto
mercadorias como passageiros, tendo a maior rentabilidade possível.
Não integrar o aeroporto de
Beja no projecto desta linha férrea, permitindo a utilização desta unidade para
o escoamento de mercadorias em trânsito para e da Europa ou para uma melhor
acessibilidade dos turistas à costa alentejana e a outras zonas desta região,
será uma oportunidade perdida, que o futuro encarregará de demonstrar. Baía da Lusofonia
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