Tecnologia
permite poupar 50 por cento no tratamento de resíduos petrolíferos no porto de
Sines
A Ecoslops, uma
micro-refinaria responsável pela reconversão dos resíduos petrolíferos do porto
de Sines, concluiu uma parceria com a Total para a eventual instalação de uma
tecnologia semelhante na zona de La Mède, próximo de Marselha. Até Junho de
2017, ambas as empresas trabalharão em conjunto para avaliar esta possibilidade
e no final do próximo ano será tomada uma decisão.
O interesse da Total, que não
é a primeira a manifestá-lo, justifica-se porque a tecnologia da Ecoslops é,
segundo esta empresa, inédita em todo o mundo. Segundo apurámos junto de fonte
da empresa, esta tecnologia “permite aos operadores dos navios no porto de
Sines poupar 50 por cento nos custos de tratamento dos resíduos petrolíferos
face aos custos em tratamento de resíduos noutros portos da União Europeia
(UE)”. O que torna o porto de Sines, com capacidade para processar 30 mil
toneladas/ano, único no mundo e mais competitivo nesta matéria.
Segundo a Ecoslops, “há vários
meses que a Total está a estudar o caso de Sines” e se decidir instalar esta
tecnologia em La Mède, isso representará um investimento de 13 milhões de
euros. Nesse caso, embora possa ser considerada uma candidatura a fundos da UE,
a disponibilização de fundos comunitários não será requisito essencial para a
implementação do projecto, apurámos junto de fonte da Ecoslops.
Recorde-se que a instalação
desta micro-refinaria no porto de Sines, há cerca de um ano, representou um
investimento de 18 milhões de euros, dos quais 6,2 milhões provenientes de
fundos da UE e do Estado português. O restante financiamento (11,8 milhões de
euros) foi da própria empresa, apurámos junto de fonte da Ecoslops.
A tecnologia da Ecoslops foi a
resposta ao desafio que são os resíduos petrolíferos (slops) produzidos pelos
navios e “que contêm resíduos de hidrocarbonetos que ficam acumulados nos
tanques”, refere a empresa. “A legislação internacional proíbe a descarga
destes resíduos no mar e obriga a que sejam descarregados nos portos onde, na
maioria dos casos, são incinerados, sem que sejam reaproveitados”, explica a
Ecoslops.
A empresa “desenvolveu e
implementou uma tecnologia única para transformar resíduos petrolíferos em
novos produtos – ‘fuel’ e betume’”, com uma solução baseada “num processo
industrial único de micro-refinação que transforma estes resíduos em produtos
comerciais de qualidade validada pelos melhores ‘standards’ internacionais”,
refere a Ecoslops. O que “a Ecoslops permite é uma reutilização,
transformando-os noutro tipo de produtos como gasóleo, fuelóleos e betume”,
esclarece a empresa.
“O trabalho da Ecoslops no
porto de Sines tornou-se um ‘case study’ mundial que está a chamar a atenção de
vários portos de referência mundiais, que visitaram já as instalações da
refinaria em Sines para uma possível implementação da tecnologia”, como os
portos do Norte da Europa, “onde as conversações estão já bastante avançadas, a
Costa do Marfim e Singapura”, refere a empresa. In
“Jornal Economia do Mar” -
Portugal
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