Considerando
que a taxa de participação de empresas locais nos investimentos entre a China e
os mercados lusófonos não é elevada, um estudo feito pelo Instituto de Investigação
do Ministério de Comércio e a Associação Comercial de Macau sugere que as
companhias da RAEM deveriam beneficiar de mais facilidades de acesso ao Fundo
da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua
Portuguesa
Um estudo promovido pelo
Instituto de Investigação do Ministério de Comércio e a Associação Comercial de
Macau concluiu que o Fundo da Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e
os Países de Língua Portuguesa deve reforçar o seu poder, baixando o nível de
exigências para abranger um maior volume de empresas.
Durante a divulgação dos
resultados, Xu Yingming, investigador do Instituto de Investigação do
Ministério de Comércio, sugeriu que o Fundo, além de apoiar as companhias que
investem nos países lusófonos, deve facilitar o acesso às pequenas e médias
empresas (PME) do território.
No seu discurso, o responsável
da Comissão das Políticas da Associação Comercial, Frederico Ma, referiu que o
sector “não tem uma taxa de participação elevada” no projecto de Cooperação
para o Desenvolvimento, justificando a realização do estudo como forma de
promoção de oportunidades de colaboração, além de impulsionar o desenvolvimento
das trocas comerciais entre a China e os países lusófonos. O ponto mais
importante é, porém, que as empresas da RAEM sejam beneficiadas por essa cooperação,
destacou.
O Fundo da Cooperação para o
Desenvolvimento foi lançado pelo Governo Central na 3ª Conferência Ministerial
do Fórum de Cooperação entre a China e os Países Lusófonos, funcionando como um
mecanismo de investimento e financiamento próprio do Fórum Macau. O valor
inicial do Fundo cifrou-se em mil milhões de dólares americanos.
Por outro lado, Frederico Ma
indicou que o Governo Central definiu as águas marítimas sob jurisdição da
RAEM, o que possibilita o desenvolvimento da economia marítima. Assim, Macau
poderá reforçar a cooperação com o Interior da China e Portugal.
O estudo propõe ainda que o
Governo aumente o número de vagas para bolsas de estudo que permitam aos jovens
ir para Portugal, fomentando assim a formação de quadros bilingues.
A investigação, apresentada
por Xu Yingming, do Instituto de Investigação do Ministério de Comércio,
implicou visitas a diferentes pontos do mundo. O grupo de estudiosos
deslocou-se a Pequim, à Província de Jiangsu, Guangdong, serviços públicos da
RAEM e empresas locais, incluindo uma companhia criada por Susana Chou, antiga
presidente da Assembleia Legislativa da RAEM.
Além disso, a investigação
também foi desenvolvida na Guiné-Bissau e em Portugal. Xu Yingming referiu
ainda que, para o estudo, foi utilizada a base de dados do Ministério do
Comércio como referência. Viviana Chan –
Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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