Primeiro,
alargar os terminais actuais; depois lançar o concurso para novos. Esta, em
síntese, a estratégia do Governo para o aumento da capacidade de movimentação
de contentores em Sines e Leixões, defendida pela ministra do Mar.
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“A conclusão a que se está a chegar, é uma apreciação ainda preliminar porque os elementos ainda não chegaram todos, é que para fazer face às necessidades de evolução de carga que se está a verificar numa situação e noutra [Sines e Leixões], tudo aponta para que seja necessário fazer o aumento de capacidade em duas fases”, defendeu a ministra do Mar na Assembleia da República, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento de Estado.
No imediato, Ana Paula
Vitorino admite decidir sobre o aumento da capacidade dos terminais existentes
nos dois portos, concessionados à PSA Sines e à TCL, respectivamente, em Sines
e Leixões. O que poderá implicar o aumento do prazo das concessões.
No caso de Sines, o
alargamento do Terminal XXI – com o prolongamento da concessão – chegou a ser
discutido entre o anterior Governo e a PSA Singapura, mas ambas as partes
acabaram por assentar numa solução intermédia, com a concessionária a aceitar
investir cerca de 40 milhões de euros sem contrapartidas.
No caso de Leixões, está em
causa a expansão do terminal de
contentores Sul. APDL e TCL já terão acordado os termos do negócio, com
a concessionária a suportar todo o investimento em troca de mais cinco anos de
exploração. Mas o contrato ainda não foi rubricado, o que inclusivamente
“desvalorizou” em 30 milhões de euros o valor da compra da Tertir pelo Grupo
Yildirim.
Segundo
terminal de contentores em Sines
Resolvida a pressão imediata
da procura, a ministra do Mar admite, então, decidir sobre o lançamento de concursos
para a construção de novos terminais de contentores em Sines e Leixões, afirmou
perante os deputados.
Recorde-se que a hipótese de
avançar com um segundo terminal de contentores em Sines – seria o Terminal
Vasco da Gama, como foi “baptizado” então – foi muito falada precisamente
quando Ana Paula Vitorino era secretária de Estado dos Transportes no Governo
de José Sócrates e Lídia Sequeira liderava a APS. Mas o projecto acabou por
“cair”, por entre dúvidas sobre se colidia com o exclusivo da PSA Sines e sobre
a evolução do mercado, a que se juntaram as restrições ao investimento público.
Entretanto, como é sabido, o
anterior Executivo apostou antes num novo terminal de contentores na margem Sul
do Tejo.
Em Leixões, o novo terminal,
com fundos de -14 metros, é considerado essencial para garantir a
competitividade do porto, mas há os que defendem que não terá dimensão crítica
suficiente para ser uma concessão autón0ma. A APDL diz ter o trabalho de casa
praticamente feito. In “Transportes & Negócios” - Portugal
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