Foto:
Handson Chagas/SECAP
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Durante apresentação
institucional dos resultados da Empresa Maranhense de Administração Portuária
(Emap) em janeiro deste ano, o presidente da estatal, Ted lago, divulgou um
dado comparativo que representa a guinada do Porto do Itaqui como indutor de desenvolvimento
do Maranhão: o lucro líquido esperado em 2015 era de apenas R$ 307 mil, segundo
projeções feitas em 2014. A projeção modesta se transformou em lucro real de R$
68 milhões ao final de 2015.
A explicação para a grande
diferença entre o lucro esperado e os lucros reais alcançados pelo Porto do
Itaqui em 2015, foi o direcionamento que o Porto passou a ter no projeto de
integração das cadeias geradoras de desenvolvimento econômico. O Itaqui opera,
atualmente, dentro da centralidade estratégica de desenvolvimento do Estado.
Um exemplo dessa integração
foi a entrega de 15km de pavimentação de trecho urbano da MA-006, por onde
escoa grande parte da produção de grãos Maranhão. Graças a essa obra, a produção
de soja no Sul do estado passou a chegar com mais facilidade ao porto e de lá
para os mercados consumidores. Com a pavimentação do trecho, mais de 50% de
toda a produção de soja do Maranhão agora chega com mais facilidade ao Porto do
Itaqui.
O presidente da Associação
de Produtores de Soja e Milho do Maranhão, Isaías Soltadelli, explica que com a
recuperação do trecho da MA e a ampliação dos terminais de grãos no Porto do
Itaqui, haverá aquecimento de vários setores da economia. “Agora podemos escoar
milho e soja usando caminhões que percorrerão a rodovia até o Itaqui, isso vai
gerar uma cadeia de atividades econômicas, com ampliação do setor de serviços,
gerando oportunidades e melhorando a produtividade ”, avaliou.
Além dos investimentos em
infraestrutura rodoviária para escoamento da produção maranhense, o Governo do
Estado investiu na modernização do Porto atuando em duas frentes: investimentos
públicos e privados.
“A capacidade recuperada de
investimentos da Emap, com recursos oriundos da operação portuária, mostra que
o Porto do Itaqui é autenticamente uma ferramenta de desenvolvimento do nosso
Estado, porque essas obras geram emprego, renda e oportunidades para milhares
de pessoas,” disse o governador Flávio Dino, ao anunciar as obras de reforma e
ampliação dos terminais delegados, tanto da Ponta da Espera, quanto do Cujupe,
num total de investimentos de R$ 300 milhões oriundos das receitas da própria
Emap.
No campo dos investimentos
privados, a ação do Maranhão é vista como exemplo para outros portos
brasileiros, uma vez que o governo busca fortalecer sua posição no Matopiba,
região formada por áreas situadas nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e
Bahia. Para a Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das
Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC), a movimentação recorde de
cargas em 2015, está relacionada à entrada em operação do Tegram, Terminal de
Grãos Privado, inaugurado pela presidenta Dilma Rousseff e pelo governador
Flávio Dino em agosto do ano passado.
Segundo a ABBTC, apenas o
Tegram deve superar já em 2016 a movimentação recorde de 2015, elevando de 3,4
milhões de toneladas para até 4,5 milhões de toneladas escoadas em 2016.
Outro paradigma que coloca o
Porto do Itaqui na linha estratégica do desenvolvimento estadual é o seu
crescente potencial para a entrada de mercadorias que podem ser processadas no
Maranhão e gerar riqueza. In “Porto do Itaqui” - Brasil
Porto
em números:
Crescimento
de 21% em movimentações de cargas durante 2015 com recorde histórico de 21,8
milhões de toneladas;
Investimentos
de no valor de R$ 1,35 bilhão até 2017;
Grau
de satisfação dos clientes do Porto atingiu a marca de 75,93%, 11% a mais em
relação ao ano anterior;
Expectativa
de lucros para 2015 saltou de R$ 307 mil para R$ 68 milhões;
Mais
de 100 mil passageiros embarcaram nos terminais de Ponta da Espera e Cujupe,
somente no período carnavalesco de 2016.
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