Porto
Seco Centro-Oeste cresceu 9 mil por cento em 10 anos
Paralelamente à retomada da
navegação para a exportação de grãos da Região Centro-Oeste, em direção aos
portos do Sudeste do País, sob a liderança de Goiás, os governos do Brasil e do
Equador discutem a conexão naval e rodoviária entre Manaus e Manta, no Equador,
para reduzir o tempo de transporte de produtos, em até 10 dias, em comparação
com a via do Canal do Panamá. O eixo multimodal seria estratégico para o
aumento substancial das exportações e importações brasileiras para o Equador,
Peru e Bolívia, mas o grande foco do Brasil através da criação de uma porta
para o Pacífico é a ampliação das relações comerciais com a China, o Japão, a
Índia e outras potências asiáticas.
Na esteira deste projeto
estruturante para a economia sul-americana, a expectativa de criação do eixo
rodo-ferro-naval de oito mil quilômetros entre o Porto Seco Centro-Oeste, em
Anápolis, e o Porto de Manta potencializaria a criação de um gigantesco corredor
agrícola nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil e a consolidação da
operação comercial da Ferrovia Norte-Sul. Com a aproximação dos mercados
asiáticos, através da porta para o Pacífico, Anápolis seria o marco zero de um
dos maiores corredores multimodais do mundo.
Estrategicamente localizado
no centro geográfico do Brasil, o Porto Seco Centro-Oeste cresceu 9 mil por
cento em 10 anos e ganhará mais competitividade com a abertura de uma porta
para o Pacífico, passo decisivo para consolidação da Plataforma Multimodal de
Goiás e do Centro de Distribuição de Anápolis, distante de 70 por cento do PIB
brasileiro num raio de apenas 1.300 quilômetros.
Com o advento do modal
aéreo, através do Aeroporto Internacional de Cargas, cuja pista para operação
dos maiores aviões do mundo já está concluída, Anápolis consolidará um
competitivo hub logístico multimodal
interligado ao entreposto da Zona Franca de Anápolis. Tão importante para o
Centro-Oeste quanto para o Norte do Brasil, este projeto estruturante deverá
sair do papel com a operação comercial da Ferrovia Norte-Sul.
A expectativa de abertura de
uma porta para o Pacífico, assim como a retomada da navegação, é um desafio
para a aceleração do desenvolvimento da Região Centro-Oeste e para o
crescimento das exportações e importações do Estado de Goiás, conquanto
estratégica para a inserção de Anápolis no seleto grupo de cidades globalizadas.
Manoel Vanderic – Brasil in “Diário
da Manhã”
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