Mini-casas
transportáveis podem ser um primeiro passo para a independência dos filhos ou
para ter os avós por perto
Imagem: DR |
Uma "startup" da
Covilhã criou um negócio a pensar nos filhos que resistem a sair da casa dos
pais, muitas vezes por impossibilidade de se tornarem financeiramente
independentes.
O negócio passa pela
instalação de pequenas casas prontas a habitar "no jardim lá de
casa". A novidade serve também para idosos que queiram viver perto da
família.
Instala-se tal qual uma
máquina de lavar. "É só ligar à ficha", explica Pedro Leitão, o patrão
da Elsker Consulting, instalada no Parkurbis - Parque de Ciência e Tecnologia
da Covilhã, uma incubadora de empresas criada pela autarquia local. Pedro tem
43 anos, é independente, mas vive com os pais e sabe, por experiência própria,
que isso "causa alguma perturbação no casal e nos filhos".
"Com todo o amor que
tenho aos meus pais, cada um precisa do seu espaço", diz o empresário,
que, por sentir isso e por notar que "cada vez mais, vemos que as pessoas
casam mais tarde ou não casam", teve a ideia de criar uma empresa de
mini-casas transportáveis.
"Gostávamos que os pais
facultassem aos seus filhos, nos logradouros de suas casas, as suas próprias
habitações”, explica, sublinhando que basta "ligá-la como uma máquina de
lavar".
"Liga-se à electricidade
e a um tubo de água", precisa Pedro Leitão, acrescentando que as casas
"obedecem à lei dos anexos e estão isentas de licenciamento
camarário" e "são construídas em aço galvanizado".
Há modelos desta mini-moradias
destinadas aos mais velhos, que podem, assim, manter alguma independência
estando próximos de familiares. Para este segmento de mercado, as casas podem
ser "ligadas em rede, através de tele-assistência". O modelo
disponibiliza também "uma estrutura metálica exterior que serve de pequena
quinta, para plantarem ervas aromáticas ou fazerem um pequeno jardim”.
Pedro Leitão, que estudou
Engenharia Civil, diz ter recebido já encomendas para instalar as primeiras
casas: “Tenho Misericórdias, como a de Belmonte, que demonstraram interesse,
assim como as juntas de freguesia de Boidobra e Verdelhos.”.
Uma casa custa 20 mil euros e
dura 50 anos. In “Rádio Renascença” - Portugal
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