A antiga roça Rio do Ouro em
São Tomé e Príncipe, situada na parte norte da ilha de São Tomé, dista 10
quilómetros da capital, fica situada no distrito de Lobata, próximo da cidade
de Guadalupe.
Fundada em 1865 pelo Dr.
Gabriel de Bustamante, foi explorada a partir de 1877, por José Luís
Constantino Dias, futuro Marquês de Vale Flor, que se tornou proprietário de
várias roças, dedicando-se à exploração do cacau.
Um dos edifícios emblemáticos
da roça do Rio de Ouro era o seu edifício hospital, que na sua época
deslumbrava quando um visitante o avistava pela primeira vez, tendo a
propriedade uma área de mil e seiscentos hectares.
A empresa agrícola foi
nacionalizada a 30 de Setembro de 1975, tendo mais tarde passado a chamar-se roça
Agostinho Neto que a visitou em Abril de 1976.
Em 1980, a roça mudou o nome
para "Empresa Estatal Agro-Pecuária Dr. António Agostinho Neto", perpetuando
o nome do homem que proclamou a independência de Angola, na madrugada do dia 11
de Novembro de 1975.
Durante a década de oitenta
o edifício hospitalar foi a maternidade central de São Tomé, onde nasceu grande
parte da população jovem da ilha. Na década noventa foi um centro hospitalar,
um projecto financiado por Portugal.
Depois veio o abandono, o
roubo de estruturas bases para a manutenção do edifício e uma boa parte da ala
esquerda do edifício hospital não aguentou os maus tratos e ruiu na passada
semana, a 06 de Fevereiro de 2014.
O futuro só se constrói com
a preservação do património e o centenário edifício hospitalar, se houver um
apoio atempado para a sua recuperação ainda terá um outro amanhã para as
gerações vindouras são-tomenses. Baía da
Lusofonia
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