“…eu hoje exijo sempre fatura numa compra
comercial. Desde um simples café a uma aquisição de livros ou gasolina. Lamento
muito o encargo que o fisco hoje representa para profissionais do comércio que
têm uma vida difícil, mas não tenho o direito de ser eu a escolher aqueles a
quem "ajudo" a fugir à legalidade que é respeitada pelos outros. Mas
porque assim procedo, e porque entendo que todos assim deveriam proceder, a
coerência obriga-me a apoiar medidas que estimulem a que outros procedam da
mesma forma. E se uma sociedade como a portuguesa não tem, imbuído em si mesma,
o espírito de solidariedade cívica que leva a que a todos se empenhem numa
igualdade de direitos e deveres, acho perfeitamente normal que possa haver
estímulos para que muito mais cidadãos sejam levados a adotar essa linha de
comportamento, mesmo que, infelizmente, isso tenha de ser feito por uma via
menos curial, como é a dos bizarros sorteios.” Seixas da Costa – Portugal in “duas ou três coisas”
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