Como em Dezembro de 1982, a Casamansa em
revolta na rua
No início de 2014, a Casamansa em revolta nas
vilas e aldeias, manifesta-se na rua.
Uma oportunidade de ouro apresentou-se ao
Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC) para subir ao palco e
ocupar um cenário político que parecia não esperar pelos independentistas.
Os acontecimentos galvanizantes que são os
crimes da ponte de Saint Georges, de Djirédji, de Oulampane onde o exército
senegalês, contudo treinados pelos militares franceses e americanos, mostrou o
seu amadorismo em zona de conflito, têm impulsionado os mais cépticos do MFDC a
marchar aos milhares como em Dezembro de 1982 em direcção à governança de
Ziguinchor.
Desta vez, apesar da fuga dos habitantes
locais; o governador e seu séquito, os manifestantes não desceram a bandeira
senegalesa, mas da maneira mais desconcertante, o porta-voz e um dos
arquitectos da marcha, Abdou Elinkine Diatta fez uma declaração, que ficará na
história como ponto culminante do sétimo aniversário do falecimento do seu
ídolo o Padre Diamacoune Senghor.
Depois de ter cantado, durante anos, os
louvores deste país colono, arrogante e corrupto a todos os níveis, eis que a
maioria dos médias ocidentais, descobrem a face hedionda dum Senegal medieval e
indigno, que continua a semear a desordem e a violência na Casamansa e na
sub-região.
Para as casamancesas e casamanceses, todo o
mártir caído pela soldadesca das forças ocupantes contribui para dar uma
dinâmica irreversível à unidade para um processo que tem em breve o seu termo:
a independência. Bintou Diallo -
Casamansa
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