Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Liberdade de imprensa

Cabo Verde continua a ser o país lusófono melhor classificado na lista de nações do relatório “2014 World Press Freedom Index” sobre liberdade de imprensa elaborado pela organização Repórteres Sem Fronteiras.

Numa classificação onde estão registados sete dos oito países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), assinala-se a ausência de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde está no 24º lugar, com 14,32 pontos, no segundo grupo de países, os que têm uma situação satisfatória, subiu um lugar, face ao ano de 2012.

Neste mesmo grupo encontra-se Portugal, no 30º posto, piorou dois lugares em relação ao ano anterior, com 17,73 numa pontuação que varia entre o zero e cem, representando o zero o total respeito pela liberdade de imprensa. A Espanha, vizinha de Portugal, está no 35º lugar com 20,63 pontos.

O relatório, construído através de questionários enviados a jornalistas de todo o mundo com perguntas diversas, entre elas, eventuais violações feitas à liberdade de imprensa nos seus respectivos países, a propriedade dos meios de comunicação, as formas de regulação e a ética profissional.

No primeiro grupo de países, os que têm uma boa situação, estão classificados os primeiros 23 estados, 18 são europeus, estando novamente a Finlândia no primeiro lugar, 6,40 pontos, seguida da Holanda, Noruega, Luxemburgo, Andorra, sendo a Nova Zelândia na 9ª posição, o primeiro país não europeu. Destaque para a Namíbia, que pretende candidatar-se a membro observador associado da CPLP, no 22º lugar, primeiro país africano, com 12,50 pontos.

No terceiro grupo de países, aqueles que são considerados que têm problemas sensíveis, encontramos Timor Leste no 77º lugar, 29,04 pontos, melhorou treze lugares em relação ao ano transacto, Moçambique, 79º posto, 29,26 pontos, baixou seis lugares, a Guiné Bissau na 86ª posição, 30,05 pontos subiu seis postos e o Brasil no 111º lugar, desceu 3 posições, tem actualmente 34,03 pontos. Os vizinhos a sul do Brasil, o Uruguai está no 26º lugar (16,08), a Argentina no 55º (25,27) e o Paraguai no 105º (31,81), todos eles melhores classificados que o Brasil.

O último país lusófono classificado, Angola, está no quarto e penúltimo grupo de países, os considerados em situação difícil, quanto à liberdade de imprensa. Angola está no 124º lugar, melhorou seis posições e tem 36,50 pontos, numa classificação com 180 países avaliados, estando nos últimos três lugares, o Turquemenistão, a Coreia do Norte e a Eritreia.

Dos países observadores associados da CPLP, o Senegal está no 62º lugar, a Ilha Maurícia, no 70º posto e a Guiné Equatorial na 168ª posição, encontrando-se no último grupo, considerados os países com uma situação muito grave, no que concerne à liberdade de imprensa.

Em 2013, um jornalista faleceu em serviço, três outros profissionais, classificados como cidadãos-jornalistas foram assassinados, foram feitos prisioneiros 177 jornalistas e 164 cidadãos-jornalistas. Poderá aceder ao relatório dos Repórteres Sem Fronteiras aqui. Baía da Lusofonia

Para aceder ao texto publicado pelo Baía da Lusofonia no ano passado clique aqui no título: Imprensa


Sem comentários:

Enviar um comentário