Cabo Verde continua a ser o
país lusófono melhor classificado na lista de nações do relatório “2014 World
Press Freedom Index” sobre liberdade de imprensa elaborado pela organização
Repórteres Sem Fronteiras.
Numa classificação onde
estão registados sete dos oito países da Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP), assinala-se a ausência de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde
está no 24º lugar, com 14,32 pontos, no segundo grupo de países, os que têm uma
situação satisfatória, subiu um lugar, face ao ano de 2012.
Neste mesmo grupo
encontra-se Portugal, no 30º posto, piorou dois lugares em relação ao ano
anterior, com 17,73 numa pontuação que varia entre o zero e cem, representando
o zero o total respeito pela liberdade de imprensa. A Espanha, vizinha de
Portugal, está no 35º lugar com 20,63 pontos.
O relatório, construído
através de questionários enviados a jornalistas de todo o mundo com perguntas
diversas, entre elas, eventuais violações feitas à liberdade de imprensa nos
seus respectivos países, a propriedade dos meios de comunicação, as formas de
regulação e a ética profissional.
No primeiro grupo de países,
os que têm uma boa situação, estão classificados os primeiros 23 estados, 18
são europeus, estando novamente a Finlândia no primeiro lugar, 6,40 pontos,
seguida da Holanda, Noruega, Luxemburgo, Andorra, sendo a Nova Zelândia na 9ª posição,
o primeiro país não europeu. Destaque para a Namíbia, que pretende
candidatar-se a membro observador associado da CPLP, no 22º lugar, primeiro
país africano, com 12,50 pontos.
No terceiro grupo de países,
aqueles que são considerados que têm problemas sensíveis, encontramos Timor
Leste no 77º lugar, 29,04 pontos, melhorou treze lugares em relação ao ano
transacto, Moçambique, 79º posto, 29,26 pontos, baixou seis lugares, a Guiné
Bissau na 86ª posição, 30,05 pontos subiu seis postos e o Brasil no 111º lugar,
desceu 3 posições, tem actualmente 34,03 pontos. Os vizinhos a sul do Brasil, o
Uruguai está no 26º lugar (16,08), a Argentina no 55º (25,27) e o Paraguai no
105º (31,81), todos eles melhores classificados que o Brasil.
O último país lusófono
classificado, Angola, está no quarto e penúltimo grupo de países, os
considerados em situação difícil, quanto à liberdade de imprensa. Angola está
no 124º lugar, melhorou seis posições e tem 36,50 pontos, numa classificação
com 180 países avaliados, estando nos últimos três lugares, o Turquemenistão, a
Coreia do Norte e a Eritreia.
Dos países observadores
associados da CPLP, o Senegal está no 62º lugar, a Ilha Maurícia, no 70º posto
e a Guiné Equatorial na 168ª posição, encontrando-se no último grupo,
considerados os países com uma situação muito grave, no que concerne à
liberdade de imprensa.
Em 2013, um jornalista
faleceu em serviço, três outros profissionais, classificados como cidadãos-jornalistas
foram assassinados, foram feitos prisioneiros 177 jornalistas e 164
cidadãos-jornalistas. Poderá aceder ao relatório dos Repórteres Sem Fronteiras aqui. Baía da Lusofonia
Para aceder ao texto
publicado pelo Baía da Lusofonia no ano passado clique aqui no título: Imprensa
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