“O País
homenageia Assane Seck, o homem da resistência”
“Assane
Seck faleceu na passada terça-feira, 27 de Novembro de 2012 em Dakar, capital
do Senegal, com 93 anos de idade. O Professor associado de história e geografia,
nasceu a 01 de Fevereiro de 1919, na aldeia de Inor, perto de Bounkiling Pakao
na Casamansa. Jovem, alistou-se no exército colonial, defendendo as cores da
França contra a Alemanha nazi. Regressou ao “País”, o vocábulo carinhoso que
ele empregou muitas vezes com os seus familiares e amigos para designar a
Casamansa, tornando-se o primeiro africano a leccionar na escola William Ponty.
Com
o seu amigo Louis Dacosta, Assane Seck fundou o Movimento da Casamansa Autónoma
(MAC), em 1958, um ramo dissidente do Movimento das Forças Democráticas de
Casamansa (MFDC). Em 1960, ordenou aos seus partidários para queimarem todas as
bandeiras senegalesas em Casamansa.
Várias
pessoas foram assassinadas, especialmente no seu feudo político em Marsassoum.
Foi detido e preso em Ziguinchor. Na prisão recebeu emissários do presidente
Léopold Sédar Senghor, nomeadamente Emile Badiane. Alguns meses mais tarde foi
libertado reunindo-se com uma parte dos seus apoiantes e do Partido Socialista
Senegalês.
Conheceu
uma rica e tumultuosa carreira política, tendo ocupado várias pastas
ministeriais senegalesas, sendo Ministro dos Assuntos Culturais (Junho de 1966 –
Junho de 1968), da Educação (Junho de 1968 – Março de 1973), Negócios
Estrangeiros (Março de 1973 – Março de 1978), Cultura (Março de 1978 – Março de
1981) e Equipamentos (Julho de 1981 – Março de 1983).
Em
1993 foi nomeado Presidente da Comissão de Reflexão sobre os Acontecimentos da
Casamansa, Assane Seck reuniu-se várias vezes com o padre Augustin Senghor
Diamacoune para uma resolução pacífica do conflito da Casamansa.
A
Casamansa presta o seu tributo ao brilhante intelectual e homem da resistência.”
Bintou Diallo – Casamansa in “Le Journal du Pays”
Em memória de Assane Seck
(01.02.1919 – 27.11.2012)
Tradução: Baía da Lusofonia
Tradução: Baía da Lusofonia
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