Face à revolta dos
militares naturais da Casamansa, o exército senegalês encontra-se ineficaz.
Diante dos repetidos apelos à
resistência dos militares naturais de Casamansa ao exército senegalês, aumenta
a apreensão no Senegal.
O
governo senegalês, que não exclui uma reunião iminente de vários militares do
ramo armado do Movimento das Forças Democráticas de Casamansa no campo de Atika,
enviou esta sexta-feira, 09 de Novembro de 2012, o coronel El Hadji Babacar Faye,
comandante das forças senegalesas em Ziguinchor para assumir a liderança e
tentar abortar a onda de revolta que parece inevitável, de acordo com diversas
fontes militares.
O
coronel Faye declarou: “ Nós visitámos todos os filhos de Casamansa que estão
aqui e que constituem um pilar do exército nacional. Nós visitámos a sua
história, as virtudes que eles incorporam. Nós pedimos aos jovens para se
inspirarem.”
E
acrescenta “o dever de memória é necessária como um reconhecimento moral e
identitário dos cidadãos para aqueles que sacrificaram na defesa de valores.”
Quando
os Casamanseses se recolhem sobre várias valas comuns em Djifaghor, Pointe
Saint-Georges, Point de Niambalang, dificilmente este género de mensagem tem
acolhimento junto dos jovens que pretendem conhecer a verdade sobre o seu
passado.
Para
melhor fazer aceitar a sua abordagem, o coronel Faye anuncia que o campo
militar senegalês de Bignona levará o nome do Tenente Landing Mancadiang, que
serviu no Corpo Tirailleurs (1) do exército francês
de 1909 a 1940. O mesmo Tenente que é homenageado junto com os seus irmãos de
armas por estes escritos originais no monumento aos mortos em Ziguinchor: “A
Casamansa tem os seus mortos pela França”. Balanta
Mané – Casamansa in “le Journal du Pays”
Tradução Baía da Lusofonia
(1) O Corpo Tirailleurs foi criado em 1857 por Louis
Faidherbe, governador-geral da África Ocidental Francesa.
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