Num mundo imaginário, suponhamos que havia um
país democrático em que o governo, ao serviço dos cidadãos que o elegeram para
um determinado período, preparava agora para o próximo ano o orçamento de
estado.
Esse
governo, tinha ganho as eleições após um programa eleitoral em que prometia
para os eleitores um desenvolvimento sustentado, uma saúde melhor e de
proximidade, uma educação para todos e com um enquadramento social, uma justiça
célere, uma segurança social de apoio às futuras mães até aos idosos que
terminaram a sua vida activa e uma redução nos impostos.
Ora,
para surpresa de todos os cidadãos deste imaginário país, como se fosse um
golpe de estado palaciano, o governo na preparação do orçamento de estado
decidia, na sua moeda em circulação, aumentar de 100 para 200, isto é o dobro, os
impostos que necessitava para o ano seguinte, além de cortes em todas as áreas
sociais e económicas.
Depois
dos protestos, que entretanto se começaram a ouvir da sociedade civil, os
governantes, após ouvirem os parceiros sociais, decidiram não aumentar para 200
mas sim para 150, os impostos que iriam cobrar no próximo ano e resolveram
fazer uma conferência de imprensa a anunciar tal medida, que devido a um grande
esforço financeiro para melhorar as condições económicas da população e face às
propostas eleitorais, iriam reduzir em 25 pontos percentuais os impostos do ano
seguinte, ao passar de 200 para 150!
Neste
mundo virtual que acabo de narrar, não cabem nomes como Mandela, Mujicas ou
mesmo Corrêa, que são as raras excepções que por vezes os cidadãos do mundo real
são premiados, mas por serem tão poucos, não conseguem inverter a máquina
tentacular que vai oprimindo os povos do mundo. Baía da Lusofonia
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