“O galego seria mais
divertido”
“Desde há umhas
semanas a AGAL conta com umha nova direçom, reforço da anterior que tivem a
fortuna de coordenar. Foram anos intensos em que nasceram vários projetos, os
aPorto, a Imperdível, cursos on-line, a Através Editora... mas de todos eles há
um do que estou notadamente satisfeito, os Ops.
É um obradoiro para o
ensino secundário que tem como objetivo central evidenciar um facto: a língua é
a nossa vantagem competitiva como galegos e galegas. Até o momento em que
escrevo estas linhas tenhem-se ministrado mais de um centenar de ateliês com a
satisfaçom geral de docentes, responsáveis das equipas de Normalización
Linguística e, o mais importante, os destinatários e as destinatários dos
mesmos. É o que evidenciam os testes de avaliaçom elaborados por eles:
“Querendo, podemos
comunicar facilmente em português” “Aprendi que no mundo muita gente fala
português!” “Sabendo galego, estamos no mundo” “É importante dominarmos bem a
língua que se fala no Brasil” “Graças ao galego, temos abertas as portas de
muitos países”...
Entre estas e muitas
outras frases aliciantes houvo umha que me abalou especialmente vindo de umha
turma de Arçua: “se déssemos isto nas classes, o galego seria mais divertido”.
Como se sabe, na
Galiza há pessoas que vivem o galego como sendo umha língua compartilhada (com
o Brasil, Angola, Portugal...) e pessoas que a vivem como sendo especificamente
da Galiza. Para além das nossas vivências pessoais, o certo é que a língua dos
países citados estám ao alcance da cidadania galega e o seu usufruto seria umha
mais-valia geral. Como também é sabido, o sistema educativo galego nunca tem
implementado estruturalmente esta potencialidade. Simplesmente, os planos de
estudo nom contemplam que os nossos alunos e alunas saiam do ensino obrigatório
portando esta riqueza.
Pessoalmente concordo
com o tal aluno arçuano: os aulas de galego teriam muito a ganhar implementando
a língua e as culturas lusófonas. Ganhariam com certeza os estudantes que, sem
grandes esforços, teriam acesso a um planeta cultural como também ganhariam os
seus Curriculum Vitae, facto de especial relevância nos tempos que nos toca
viver.
Ora, também ganharia
a consideraçom e o estatuto do galego, canal que nos conecta com um mundo a que
nom podem aceder os alunos de outros cantos do estado espanhol.
Por fim, e em
consequência, ganhariam também os docentes de galego pois seriam os guias
galácticos para aceder ao Planeta NH. Mais do que nunca, é um bom momento para
sulcar a galáxia.” Valentim Fagim –
Galiza in
“Portal Galego da Língua”
Sem comentários:
Enviar um comentário