Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Portugal - Sol: energia para a nossa economia

Porque representa uma poupança energética e, logo, uma poupança económica que pode ser essencial no orçamento das famílias e empresas portuguesas. Porque promove a criação de emprego especializado e contribui para a coesão territorial.

Celebrou-se no passado dia 3 de maio o dia internacional do sol. Porque devemos celebrar (e apostar) nesta fonte de energia? Esta estrela, da qual todos os seres vivos dependem para a sua sobrevivência, sempre foi um elemento fundamental e necessário. Também no plano simbólico, o sol tem a sua importância material e imaterial.

Praticamente todas as formas de energia usadas são oriundas do sol. É o caso da energia que extraímos dos alimentos, que foi quimicamente acumulada durante o processo de fotossíntese, por meio do qual as plantas usam a energia da luz solar para converter dióxido de carbono, água e minerais em compostos orgânicos e oxigénio gasoso.

Ora, acontece que Portugal, reconhecido mundialmente por ser um país de muito sol, tem que continuar a fazer uma aposta clara nesta fonte de energia gratuita, limpa e inesgotável, pois é um dos países mais pobres em recursos energéticos de origem fóssil. Mas, fora esta razão, há outras que aqui deixo.

1. Porque representa uma poupança energética e, logo, uma poupança económica que pode ser essencial no orçamento das famílias e empresas portuguesas. Estamos a falar de poupanças na ordem dos 50% diminuindo a dependência energética dos portugueses. Não é por acaso que, em 2015, as fontes de energias renováveis contribuíram para cerca de 47% do total de consumo de energia elétrica em Portugal, representando a energia solar apenas 2%. À nossa frente só está a Suécia e a Áustria.

2. O investimento em energias renováveis promove a criação de emprego especializado e contribui para a coesão territorial, em virtude da generalidade dos projetos se encontrarem localizados em áreas menos favorecidas e, em muitos casos, em vias de desertificação. Segundo um estudo recente, o número de empregos diretos e indiretos criados pelo setor das energias renováveis em 2013 era de 2.811 e 37.916, respetivamente. Estima-se que em 2020 estes valores passem a 4.602 e 53.930, respetivamente.

3. Portugal pode afirmar-se como um importante exportador de energia renovável. Se, nos próximos anos, houver uma aposta clara na energia solar e nas renováveis em geral, conforme é intenção do atual Governo e, por outro lado, as interligações das redes energéticas com a Europa se concretizarem, criam-se condições ótimas para a atração de investimento externo para o setor e podemos vir a ser um importante exportador de energia no futuro.

4. Esta energia 100% limpa reduz as emissões de gases que contribuem para o efeito de estufa – causadores de inúmeras doenças que representam mais gastos com saúde. Ora, com a aposta em energias alternativas estamos a criar uma série de externalidades positivas. Entre elas, as poupanças em saúde.

Por estas, e muitas outras razões, a aposta nas energias renováveis, nomeadamente na solar, deve ser reforçada. É que o sol, mais do que uma fonte de energia limpa, pode ser também uma fonte de energia para as nossas empresas e para as nossas famílias. Raúl Santos – Portugal in “Económico”


 

Raúl Santos - Partner da Sunenergy
Tel.: 239 700 750

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