Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pirataria

            O novo canal do Panamá que tem inauguração prevista para o próximo ano (2014), no centenário do primeiro, está a ser construído ao lado do actual e vai permitir a passagem de navios de grande porte, os “post-panamax”.


            Além de melhorar as transacções comerciais entre Oriente e Ocidente, o canal também irá reduzir a problemática da pirataria marítima, limitando a passagem de navios no Estreito de Malaca e no corno de África, duas das principais regiões onde regularmente se assiste a assaltos a navios mercantes.

           A terceira importante  região onde a pirataria tem  atuado é o Golfo da Guiné, responsável por 19,5% dos ataques conhecidos em 2012, acontecendo o último, nesta região, no dia 02 de Fevereiro de 2013, quando o petroleiro “Gascogne” que partira do porto principal da Costa do Marfim, Abidjan, a 31 de Janeiro, foi assaltado por piratas que se transportavam em pirogas nigerianas.

          O “Gascogne”, navio  francês  com  bandeira luxemburguesa,  tem 19 membros de tripulação, sendo do Togo a naturalidade da maioria dos marinheiros a bordo e transportava 3 mil toneladas de diesel. Em Janeiro, tinha sido assaltado um navio com bandeira do Panamá, em pleno porto de Abidjan, o mesmo acontecendo em Dezembro passado, com um navio de bandeira grega.  

            O avolumar de investidas contra a livre circulação de navios e respectivas mercadorias, tem preocupado as autoridades da região, onde se encontram dois pequenos países da CPLP, São Tomé e Príncipe e a Guiné Bissau, além da Guiné Equatorial país candidato.

            Destes três países, apenas a Guiné Equatorial começou a estruturar a sua marinha, adquirindo navios de guerra que salvaguardem a sua soberania. Por seu lado, há alguns anos São Tomé e Príncipe solicitou a Portugal um intercâmbio militar, que permitisse que a colaboração portuguesa fosse dissuasora a um eventual cenário de invasão de piratas da costa ocidental de África, mas até ao momento não tem havido resposta das autoridades portuguesas.

            Quem, embora em situação económica também difícil, tem enviados forças da marinha para formar os diversos corpos militares dos países desta região, é a Espanha, que tem apoiado as forças locais na aprendizagem do combate à pirataria.

           O Atlântico Sul é cada vez mais, um oceano em que predomina o português e por parte de cada um dos países que compõem a CPLP, deveriam começar a idealizar uma estratégia de defesa marítima comum, numa área em que circulam mercadorias da maioria dos seus estados membros. Baía da Lusofonia




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