Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Convergência

                           A lição de Amílcar Cabral no imperativo de convergência (*)

Um dos maiores desafios que o Movimento das Forças Democráticas da Casamansa (MFDC) tem hoje por resolver, parece-me, que é a dispersão das suas forças.

Mais do que nunca, o MFDC está perante um imperativo comum: o de reunir, para identificar as suas diferenças e trabalhar para determinar as possibilidades de convergência de todas as suas forças.

Porque o único processo para os independentistas poderem considerar seriamente a independência da Casamansa é em primeiro lugar entenderem-se. É necessário ir procurar soluções noutros lugares? Eu diria que «não». Mas se for preciso? Sim. Absolutamente.

A convergência nacional casamansesa é antes de tudo um projecto de mobilização não partidária, uma oportunidade para melhorar a coesão dos independentistas, um espaço aberto de diálogo para as diversas correntes de ideias. É preciso que os naturais de Casamansa, a resistência, as comunidades locais, civis ou religiosas, bem como a diáspora se encontrem, esclareçam os seus objectivos e definam os seus compromissos. Tudo isto, pois eu acredito, é urgente! Merece ser objecto de debate organizado em volta de um líder unificador. E ao MFDC não faltam competências a este nível. Basta apenas apoiá-los.

No entanto, o MFDC deve realizar os necessários exames de consciência que o movimento independentista ainda não conseguiu fazer, inflexível entre as várias facções, alguns amarrados pelas vantagens financeiras do regime senegalês.

Caso contrário, o risco é grande, numa acção partidária independentista, as diferenças de opinião, eventualmente, trarão antagonismos insuperáveis. Neste contexto, é necessário resolver o foco político sem intermediários (senegaleses, gambianos, guinéus ou franceses), mais de cidadão para cidadão, de Casamansês para Casamansês. Bintou Diallo – Casamansa - Casamance
 
(*)   Unidade

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