A empresa mineira australiana
Mustang vai realizar até Junho um estudo sobre a possibilidade de criar uma
unidade de extracção de grafite no norte de Moçambique, anunciou numa nota aos
accionistas.
"A conclusão do estudo
está programada para o segundo trimestre de 2018, seguindo-se o início do
estudo de viabilidade definitivo" que poderá anteceder o investimento,
lê-se no documento consultado pela Lusa.
O estudo vai incluir os
resultados "espectaculares" de 11 furos de prospecção já realizados
em Caula, Montepuez, na província de Cabo Delgado, e que encontraram grandes
filões de grafite, declarou a Mustang. As amostras recolhidas durante a
prospecção "estão a ser enviadas para ensaios e testes metalúrgicos",
acrescentou.
A Mustang tem uma mina de
rubis na mesma região, de onde agora pretende extrair grafite e que se situa ao
lado de uma mina explorada pela Syrah, outra empresa australiana que já iniciou
a embalagem e a exportação de grafite.
A existência de valiosos
depósitos subterrâneos já tinha motivado também o investimento da multinacional
alemã AMG Graphit Kropfmuhl, que em Junho de 2017 iniciou formalmente a
produção de grafite na mina de Ancuabe, noutra zona de Cabo Delgado.
A procura de grafite está em
alta a nível mundial por ser um componente usado em baterias, numa altura em
que o mercado de automóveis movidos a electricidade e outros produtos
eléctricos - como as aeronaves autónomas (drones) está em expansão. In “Olá
Moçambique” - Moçambique
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