O Governo moçambicano não vai
reduzir os pontos de entrada de aeronaves que fazem voos internacionais de e
para o País, anunciou na passada segunda-feira, 12 de Fevereiro, o ministro dos
Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita.
Falando na cerimónia da
reabertura do Aeródromo de Mocímboa da Praia para o tráfego internacional não
regular, Mesquita justificou a posição do Governo de manter os pontos de
entrada aérea no País, pela necessidade de atender às demandas específicas de desenvolvimento,
geradas nas diferentes regiões do País.
“A abertura de Mocímboa da
Praia como mais um ponto de entrada é uma demonstração clara de que o Governo
assume que o País ainda não está em condições de reduzir os pontos de entrada,
dada a necessidade de atender as dinâmicas do desenvolvimento nos diversos
pontos do País, por isso, reitero uma vez mais, que o Governo não vai reduzir
os pontos de entrada no País”, disse Mesquita.
Esta posição põe termo ao
debate que fluía sobre a necessidade da redução dos actuais nove pontos de
entrada, nomeadamente os aeroportos de Maputo, Inhambane, Vilanculos, Beira,
Tete, Lichinga, Nampula, Nacala e Pemba, para apenas três, designadamente
Maputo, Beira e Nacala.
Falando, especificamente,
sobre o impacto da reabertura de Mocímboa da Praia ao tráfego internacional,
Mesquita sublinhou que esta decisão visa facilitar o acesso à região norte da
província de Cabo Delgado, a partir do exterior, respondendo deste modo a
crescente demanda deste serviço, impulsionado pelo desenvolvimento da indústria
de hidrocarbonetos, que está a fluir na Bacia do Rovuma, bem como o turismo
internacional.
Na componente da indústria de
hidrocarbonetos, espera-se que Mocímboa da Praia passe a ser um nó logístico
fundamental para o transporte aéreo dos equipamentos e prestação de serviços
necessários para a construção e desenvolvimento das plataformas do Gás Natural
Liquefeito (GNL) e seus derivados.
Na dinamização do Turismo, com
a reabertura deste aeródromo espera-se dar resposta à preocupação dos
operadores turísticos, que antes precisavam de ir a Pemba para cumprir com as
formalidades oficiais de fronteira, passando a dispor de um serviço local e
próximo, o que vai tornar os serviços mais competitivos e atractivos.
“Assim, exortamos a todos os
intervenientes da cadeia produtiva desta região, sobretudo, os operadores
aereoportuários e do ramo do turismo, agências de viagem e outros, para que se
organizem para a exploração cabal do potencial gerado pelo tráfego aéreo
internacional agora disponível em Mocímboa da Praia”, disse Carlos Mesquita.
Para o governador de Cabo
Delgado, a reabertura do Aeródromo de Mocímboa da Praia ao tráfego
internacional representa uma oportunidade ímpar para a dinamização do
desenvolvimento de Mocímboa da Praia e do Norte de Cabo Delgado. Exortou
igualmente ao Governo Distrital e às autoridades municipais locais para a
conservação da infra-estrutura, evitando construções no perímetro do aeródromo,
entre outras práticas que possam minar o bom funcionamento daquela
infra-estrutura.
Para a reabertura ao tráfego
internacional, o Aeródromo de Mocímboa da Praia beneficiou de melhorias
significativas, através dum investimento de cerca de 24 milhões de Meticais que
permitiram a ampliação do perímetro de vedação, melhoria do estado da pista de
aterragem e respectivos caminhos de circulação, iluminação, sinalização,
comunicações e outras intervenções que vão conferir melhor qualidade e
segurança à aeronavigabilidade.
Em Cabo Delgado, o ministro
dos Transportes e Comunicações inteirou-se do ritmo de implementação dos
principais Projectos do sector na Província e visitou, igualmente, as obras de
montagem do emissor local, no quadro do projecto de migração de radiodifusão
analógica para digital. In “Fim de Semana” - Moçambique
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