A ex-presidente da Libéria
Ellen Johnson Sirleaf foi recentemente anunciada como a quinta vencedora do
prémio Ibrahim para a Excelência na Liderança Africana, que esteve vários anos
sem ser atribuído.
Ellen Johnson Sirleaf,
presidente da Libéria durante dois mandatos, entre 2006 a 2017, foi distinguida
pela liderança excecional e transformadora na recuperação da Libéria após
muitos anos de guerra civil.
O presidente do Comité do
Prémio, Salim Ahmed Salim, afirmou: "Ellen Johnson Sirleaf tomou o comando
da Libéria após o país ter sido completamente destruído pela guerra civil e
conduziu um processo de reconciliação concentrado na construção da unidade
nacional e de fortes instituições democráticas. Ao longo de seus dois mandatos,
ela trabalhou incansavelmente em nome do povo da Libéria".
Mesmo se foram cometidas
algumas falhas nestes 12 anos, refere, o comité considera que a antiga chefe de
Estado "lançou as bases sobre as quais a Libéria pode agora construir um
futuro melhor".
Desde 2006, a Libéria é o
único país a melhorar em todas as categorias e subcategorias do Índice Ibrahim
de Governança Africana, tendo subido dez lugares na classificação geral do
Índice, para 28.º lugar em 58 países.
Todos os anos, são candidatos
ao prémio ex-chefes de Estado ou de governo africanos que cessaram funções nos
três últimos anos civis (neste caso, entre 2014 e 2016) após terem sido
democraticamente eleitos e cumprido o seu mandato de acordo com a constituição
do país.
O objetivo do Prémio Ibrahim
visa distinguir líderes que, durante o seu mandato, ajudaram a desenvolver os
seus países, fortalecendo a democracia e os direitos humanos e estimulando o
desenvolvimento sustentável.
O prémio foi lançado em 2006,
mas até agora só foi atribuído cinco vezes, duas das quais a antigos chefes de
Estado lusófonos: Joaquim Chissano, de Moçambique, em 2007, e Pedro Pires, de
Cabo Verde, em 2011.
Festus Mogae, do Botsuana
(2008), e Hifikepunye Pohamba, da Namíbia (2014), foram os dois outros
laureados, enquanto Nelson Mandela foi distinguido como vencedor honorário
inaugural, em 2007.
No júri fazem parte Graça
Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Aïcha
Diallo, ex-ministra da Educação da Guiné, Martti Ahttisaari, ex-presidente da
Finlândia, Mohamed ElBaradei, antigo diretor-geral da Agência Internacional de
Energia Atómica, a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson, Festus Mogae e Horst
Köhler, ex-presidente da Alemanha.
Criado pela Fundação Mo
Ibrahim, financiada pelo empresário sudanês com o mesmo nome, o prémio pretende
oferecer segurança monetária a dirigentes africanos que abandonem o poder.
O valor do prémio, no valor
total de cinco milhões de dólares norte-americanos (quatro milhões de euros no
câmbio atual), é distribuído durante dez anos, período após o qual os
vencedores passam a receber 200 mil dólares (163 mil euros) por ano. In “Agência
de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
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