Angola pediu apoio ao Brasil
para o combate do Zika, vírus que infetou, até à presente data, três pessoas no
país, informou o titular da pasta da Saúde.
Luís Gomes Sambo, que falava em
conferência de imprensa sobre o estado do setor que dirige, disse que em 2016
foram registados dois casos, o primeiro num cidadão francês, que trabalhou
durante 30 dias, na província angolana de Benguela, tendo-lhe sido
diagnosticada a doença em França.
O segundo caso foi registado
num cidadão angolano, no município de Viana, província de Luanda, tendo o
terceiro caso, o mais recente, sido notificado na província do Bengo, em uma
mulher que deu à luz um bebé com microcefalia.
O governante angolano referiu
que estão a ser reforçadas as medidas de vigilância, para um conhecimento
melhor da magnitude do problema em Angola, bem como a serem tomadas medidas
preventivas.
O ministro avançou que abordou
o assunto com o embaixador do Brasil em Angola, Paulino Neto, ao manifestou o
interesse de ganhar a experiência daquele país lusófono com combate à epidemia
do Zika.
"Também estabelecemos
contactos com o Instituto Osvaldo Cruz do Brasil e em breve vamos ter, no
âmbito da cooperação com o Brasil, alguns técnicos para connosco trabalharem no
combate do vírus Zika", disse Luís Gomes Sambo.
Acrescentou que Angola possui
a maior parte dos recursos que necessita para o combate da doença.
"Primeiro, é o
conhecimento, é preciso que a população tome conhecimento das medidas ao seu
alcance para prevenção e também que saibam como é que o vírus se transmite,
também dissemos quais são as unidades sanitárias mais vocacionadas para detetar
casos de Zika, também a nível das maternidades precisamos melhorar a nossa
vigilância para a deteção de casos de microcefalia em recém-nascidos",
referiu.
Segundo o ministro, os
técnicos estão alertados para melhorarem a vigilância e a deteção precoce de
casos.
"Por outro lado,
precisamos de ter os recursos para atendermos aqueles que estão infetados a
nível dos hospitais, mas a medida principal é a de prevenção. Também criamos
comissões a nível central interministerial, das províncias e dos municípios,
que vão trabalhar com as comissões de proteção civil para garantir uma
participação da população nas medidas de prevenção, mas a luta contra o
mosquito é a estratégia mais eficaz", indicou. In
“Diário de Notícias” -
Portugal
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