Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Macau - PIB registou uma contracção real de 2,1% em 2016

Segundo a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em 2016 a economia de Macau registou uma contracção real de 2,1%, significativamente inferior à quebra de 21,5% registada em 2015. Enquanto no primeiro semestre registava um recuo homólogo de 9,7%, em termos reais, no segundo semestre inverteu a tendência, apresentando um crescimento económico real de 5,7%.


A contracção económica de 2016 deveu-se principalmente ao comportamento insatisfatório das procuras globais. A procura interna enfraqueceu, com um contracção anual de 5,8%, realçando-se as descidas de 1,3% na despesa de consumo privado e de 13,3% na formação bruta de capital fixo, apesar da subida de 1,7% na despesa de consumo final do Governo. A procura externa melhorou significativamente no segundo semestre, registando-se aumentos contínuos nas entradas de visitantes e na respectiva despesa, pelo que abrandou para 2,5% a tendência descendente das exportações de serviços. Observaram-se quedas de 4,4% nas exportações de serviços do jogo, 1,0% nas exportações de outros serviços turísticos e 21,8% nas exportações de bens.

Em 2016 o PIB atingiu 358,2 mil milhões de Patacas e o PIB per capita cifrou-se em 554619 Patacas (cerca de 69372 dólares americanos). Por seu turno, o deflactor implícito do PIB subiu 0,9% em termos anuais.

No quarto trimestre de 2016 o PIB registou um crescimento real de 7,0%, em termos anuais, superior ao do terceiro trimestre (4,4%), em virtude da subida contínua das exportações de serviços.

O sector do jogo e turismo manteve-se em expansão, impulsionando um aumento de 8,2% nas exportações de serviços, salientando-se que os aumentos de 8,1% nas exportações de serviços do jogo e de 8,4% nas exportações de outros serviços turísticos. Contudo, foi desfavorável o comportamento das exportações de bens, com uma acentuação do declínio até 21,2%.

A procura interna retraiu-se ligeiramente, com uma descida homóloga de 0,5% na despesa de consumo privado, enquanto se mantinha no mesmo nível a despesa de consumo final do Governo e subia ligeiramente (0,2%) a formação bruta de capital fixo.

As importações de bens diminuíram 8,0%, ao contrário das importações de serviços, que aumentaram 1,6%.

Foram revistas para cima as taxas de crescimento real do PIB referentes ao segundo trimestre (-6,8%) e ao terceiro trimestre (+4,4%) de 2016.
A despesa de consumo privado passou de +0,2% no terceiro trimestre para -0,5% no quarto trimestre, em consequência da diminuição da despesa do consumo de bens duradouros, reflectindo o comportamento conservador dos agregados familiares em relação às despesas não essenciais. Salienta-se que as despesas de consumo das famílias no mercado local desceram 1,2%, enquanto as despesas de consumo das famílias no exterior subiram 2,7%.

A despesa de consumo final do Governo passou de +0,1% no terceiro trimestre para a taxa nula de crescimento homólogo no quarto trimestre, visto que a descida das aquisições líquidas de bens e serviços compensou o aumento das remunerações dos empregados.

No quarto trimestre a formação bruta de capital fixo cresceu ligeiramente 0,2%, inferior à do terceiro trimestre (4,0%), em virtude do aumento de 5,1% no investimento do sector privado, em especial os acréscimos de 5,5% em construção e de 0,9% em equipamento. Entretanto, desceu 13,7% o investimento do sector público, quase anulando o aumento do investimento do sector privado, salientando-se os decréscimos de 13,5% em construção pública e de 14,6% em equipamento.

O comércio de bens continuou a baixar no quarto trimestre, com as importações de bens a descerem 8,0% em termos anuais (inferior a -8,7% no terceiro trimestre), devido à queda da procura interna. As exportações de bens caíram 21,2%, superior a -15,7% no terceiro trimestre.

O comércio de serviços manteve a tendência ascendente. As exportações totais de serviços registaram uma subida homóloga de 8,2%, beneficiadas pelos crescimentos da receita bruta do jogo, do número de visitantes e da respectiva despesa. Destacam-se os aumentos de 8,1% nas exportações de serviços do jogo e de 8,4% nas exportações de outros serviços turísticos. Por seu turno, as importações de serviços registaram um acréscimo homólogo de 1,6%, inferior a +6,3% no terceiro trimestre. DSEC - Macau

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