Segundo a Direcção dos
Serviços de Estatística e Censos (DSEC) em 2016 a economia de Macau registou
uma contracção real de 2,1%, significativamente inferior à quebra de 21,5%
registada em 2015. Enquanto no primeiro semestre registava um recuo homólogo de
9,7%, em termos reais, no segundo semestre inverteu a tendência, apresentando
um crescimento económico real de 5,7%.
A contracção económica de 2016
deveu-se principalmente ao comportamento insatisfatório das procuras globais. A
procura interna enfraqueceu, com um contracção anual de 5,8%, realçando-se as
descidas de 1,3% na despesa de consumo privado e de 13,3% na formação bruta de
capital fixo, apesar da subida de 1,7% na despesa de consumo final do Governo.
A procura externa melhorou significativamente no segundo semestre,
registando-se aumentos contínuos nas entradas de visitantes e na respectiva
despesa, pelo que abrandou para 2,5% a tendência descendente das exportações de
serviços. Observaram-se quedas de 4,4% nas exportações de serviços do jogo,
1,0% nas exportações de outros serviços turísticos e 21,8% nas exportações de
bens.
Em 2016 o PIB atingiu 358,2
mil milhões de Patacas e o PIB per capita
cifrou-se em 554619 Patacas (cerca de 69372 dólares americanos). Por seu turno,
o deflactor implícito do PIB subiu 0,9% em termos anuais.
No quarto trimestre de 2016 o
PIB registou um crescimento real de 7,0%, em termos anuais, superior ao do
terceiro trimestre (4,4%), em virtude da subida contínua das exportações de
serviços.
O sector do jogo e turismo
manteve-se em expansão, impulsionando um aumento de 8,2% nas exportações de
serviços, salientando-se que os aumentos de 8,1% nas exportações de serviços do
jogo e de 8,4% nas exportações de outros serviços turísticos. Contudo, foi
desfavorável o comportamento das exportações de bens, com uma acentuação do
declínio até 21,2%.
A procura interna retraiu-se
ligeiramente, com uma descida homóloga de 0,5% na despesa de consumo privado,
enquanto se mantinha no mesmo nível a despesa de consumo final do Governo e
subia ligeiramente (0,2%) a formação bruta de capital fixo.
As importações de bens
diminuíram 8,0%, ao contrário das importações de serviços, que aumentaram 1,6%.
Foram revistas para cima as
taxas de crescimento real do PIB referentes ao segundo trimestre (-6,8%) e ao
terceiro trimestre (+4,4%) de 2016.
A despesa de consumo privado
passou de +0,2% no terceiro trimestre para -0,5% no quarto trimestre, em
consequência da diminuição da despesa do consumo de bens duradouros,
reflectindo o comportamento conservador dos agregados familiares em relação às
despesas não essenciais. Salienta-se que as despesas de consumo das famílias no
mercado local desceram 1,2%, enquanto as despesas de consumo das famílias no
exterior subiram 2,7%.
A despesa de consumo final do
Governo passou de +0,1% no terceiro trimestre para a taxa nula de crescimento
homólogo no quarto trimestre, visto que a descida das aquisições líquidas de
bens e serviços compensou o aumento das remunerações dos empregados.
No quarto trimestre a formação
bruta de capital fixo cresceu ligeiramente 0,2%, inferior à do terceiro
trimestre (4,0%), em virtude do aumento de 5,1% no investimento do sector privado,
em especial os acréscimos de 5,5% em construção e de 0,9% em equipamento. Entretanto,
desceu 13,7% o investimento do sector público, quase anulando o aumento do investimento
do sector privado, salientando-se os decréscimos de 13,5% em construção pública
e de 14,6% em equipamento.
O comércio de bens continuou a
baixar no quarto trimestre, com as importações de bens a descerem 8,0% em
termos anuais (inferior a -8,7% no terceiro trimestre), devido à queda da
procura interna. As exportações de bens caíram 21,2%, superior a -15,7% no
terceiro trimestre.
O comércio de serviços manteve
a tendência ascendente. As exportações totais de serviços registaram uma subida
homóloga de 8,2%, beneficiadas pelos crescimentos da receita bruta do jogo, do
número de visitantes e da respectiva despesa. Destacam-se os aumentos de 8,1%
nas exportações de serviços do jogo e de 8,4% nas exportações de outros
serviços turísticos. Por seu turno, as importações de serviços registaram um acréscimo
homólogo de 1,6%, inferior a +6,3% no terceiro trimestre. DSEC - Macau
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