O setor portuário nacional
(portos organizados e terminais de uso privado) movimentou no ano passado 998
milhões de toneladas. O número representou um decréscimo de 1% em relação a
2015, quando foi movimentado 1,008 bilhão de toneladas. A informação é do Anuário
Estatístico Aquaviário 2016 da ANTAQ, produzido pela Gerência de Estatística e
Avaliação de Desempenho. A divulgação do Anuário Estatístico Aquaviário 2016 da
ANTAQ aconteceu em parceria com a Fiesp e o Centro das Indústrias do Estado de
São Paulo (Ciesp).
A movimentação de carga nos
portos organizados em 2016 caiu 2,5%. No ano passado, foram movimentados 343
milhões de toneladas. Em 2015, esse número foi 351 milhões de toneladas. Em
relação aos terminais de uso privado, a queda foi de 0,25%. Em 2016, os TUPs
movimentaram 655 milhões de toneladas. Em 2015, 657 milhões de toneladas.
Entretanto, a movimentação de cargas nos portos e nos TUPs entre 2011 e 2016
cresceu 12,4%.
Sobre a participação regional
na movimentação de carga, o Sudeste ficou em 2016 com 496 milhões de toneladas.
Já o Nordeste movimentou 270 milhões de toneladas. A Região Sul movimentou
142,4 milhões de toneladas. O Norte, 86 milhões de toneladas; e o Centro-Oeste,
3,7 milhões de toneladas.
Em relação à movimentação de
contêineres nos portos e nos TUPs, Santos (SP) liderou em 2016, com 32 milhões
de toneladas (-5,4%). A Portonave (SC) ficou em segundo, com 9,7 milhões de
toneladas, aumento de 27,2%. Em terceiro, apareceu Paranaguá (PR), que
movimentou 8,2 milhões de toneladas, queda de 5,4%.
Em relação às mercadorias,
destaque para os minérios, com 418 milhões de toneladas movimentadas, aumento
de 2,7% na comparação com 2015. O setor portuário registrou aumento na
movimentação de açúcar (9,2%), adubos (19,3%) e celulose (31,3%). O ponto
negativo foi a movimentação de cereais (grupo que inclui o milho), com queda de
30,6%.
Navegação
A movimentação na navegação de
longo curso caiu 1,7% no ano passado em comparação com 2015. No entanto, entre
2011 e 2016, houve crescimento de 12,8%. Na cabotagem, houve crescimento de
0,8%. Em relação às vias interiores, a queda foi de 1,5% se comparado 2016 com
2015. Porém, entre 2010 e 2016, registrou-se um aumento de 11,3%.
Os terminais de uso privado
movimentaram 66% das cargas. Os portos organizados ficaram com 34%. Santos
(28,3%), Itaguaí (17,1%), Paranaguá (11,7%), Rio Grande (7%) e Suape (6,6%)
movimentaram 70,7% das cargas totais dos portos organizados. Em relação aos
TUPs, Ponta da Madeira (22,7%), Tubarão (16,5%), Almirante Barroso (7,1%), Ilha
Guaíba (7%) e Angra dos Reis (5,8%) representaram 59,1% do total de cargas.
Para o diretor-geral da ANTAQ,
Adalberto Tokarski, o Anuário Estatístico Aquaviário é um produto bem
trabalhado pela Agência. “Mês a mês, os portos devem informar à ANTAQ sua
movimentação. Isso torna nossa estatística segura e atual”, destacou.
O diretor da ANTAQ, Fernando
Fonseca, ressaltou que a Agência vem avançando no aprimoramento de plataformas
para coleta e tratamento de dados aquaviários. “A disponibilização desses
números está cada vez mais célere”, disse Fonseca, informando que a ANTAQ está
trabalhando na elaboração de uma plataforma sobre o mercado de transporte
marítimo.
O diretor da ANTAQ, Mário
Povia, afirmou que a Agência vem se consolidando na produção de estatísticas.
“A ANTAQ é referência na produção de dados do setor aquaviário.”, disse.
A Diretoria da ANTAQ reiterou
que a Agência vem trabalhando para o incremento da infraestrutura do setor
portuário, para viabilizar um ambiente competitivo, fortalecer a segurança
jurídica e garantir previsibilidade. Além disso, os diretores da ANTAQ
defenderam a redução do Custo Brasil, a simplificação do processo de outorgas e
a desburocratização do setor aquaviário. In
“ANTAQ” - Brasil
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