Uma
aluna do Instituto de Formação Turística defende que o número crescente de
visitantes que assomam ao Festival da Lusofonia justifica um maior número de
barracas. Num trabalho académico, Royla Ao chegou também à conclusão que de uma
escala de 1 a 5 o Festival consegue uma média de 3,76 pontos, referentes à
satisfação dos visitantes.
O aumento no número de
visitantes do Festival da Lusofonia justifica que se alargue a quantidade de
barracas e representações dos diferentes países e territórios e se reduzam as
áreas dedicadas a jogos, entretenimento e venda de objectos de artesanato pouco
ligadas à cultura lusófona. Esta é uma das principais conclusões de um estudo
sobre o festival, realizado por uma aluna do Instituto de Formação Turística,
Royla Ao.
A pesquisa teve por base 102
questionários, que foram efectuados durante a edição do ano passado do certame.
Sobre o evento, os inquiridos destacaram a importância da atmosfera lusófona do
festival e dos participantes. Este destaque foi também sublinhado, a nível
individual, por Royla Ao, ao Ponto Final.
“Acho que a atmosfera do
festival é o aspecto mais importante para garantir a manutenção do número de
participantes todos os anos e assegurar que o evento se prolonga por muito
tempo”, explicou a aluna, que frequenta a licenciatura em organização de
eventos do IFT.
Segundo as conclusões dos
questionários realizados, numa escala de 1 a 5 o festival alcança uma nota
média de 3,76 pontos, sendo que os três aspectos que mais satisfizeram os
inquiridos são a entrada grátis, os dias escolhidos para o festival e a
atmosfera lusófona, que obtiveram pontuações de 4,38, 4,15 e 4,11,
respectivamente.
No pólo oposto o tempo de
espera pela comida ou bebidas, as actividades de entretenimento, as diversões
para as crianças e as dificuldades ao nível dos transportes receberam as
pontuações mais baixas, com 3,28, 3,35, 3,41 e 3,44 pontos, respectivamente.
“As filas de espera têm de ser
melhor geridas. Algumas das barracas são muito populares e estão sempre cheias
de gente, fazendo com que as filas bloqueiem o caminho”, explicou Royla Ao. “Se
utilizassem barreiras para orientar as filas, reduzia-se o problema das pessoas
chocarem umas com as outras, assim como a concentração da multidão”, frisou.
Outro dos pontos criticados na
pesquisa é o estacionamento e as alternativas de transportes. O horário
reduzido do evento é também criticado: “Algo tem de ser feito em relação aos
espaços de estacionamento. Todos os anos quando se vai de carro para o evento é
difícil encontrar lugares disponíveis. A organização devia pensar em oferecer
autocarros que partissem dos parques de estacionamento da Taipa para resolver
este problema e encorajar as pessoas a irem de autocarro”, afirmou.
Sobre as razões que a levaram a debruçar-se
sobre o Festival de Lusofonia, Royla Ao explicou que para terminar a
licenciatura tinha de fazer uma tese que foca-se a organização de um evento. O
facto de ter um namorado português, com quem costuma ir ao Festival Lusofonia,
fez com que se focasse nesta festa. João
Filipe – Macau in “Ponto Final”
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