Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Macau - Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Macau

O Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Macau celebra nesta edição 30 anos e entre os cerca de 380 participantes confirmados contam-se quatro vindos dos Estados Unidos. Tal é visto como um reflexo do “crescente interesse” no programa. As novidades deste ano incluem uma turma de tradução de Português-Chinês e outra de nível superior


Entre 18 de Julho e 5 de Agosto de 2016 a Universidade de Macau (UM) volta a destacar-se como pólo de ensino de Português com a realização da 30ª edição do Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa. Este ano inscreveram-se mais 100 estudantes do que em 2015.

Segundo informações facultadas por Fernanda Gil Costa, directora do Departamento de Estudos Portugueses, chegarão à UM cerca de 380 alunos. “Estavam inscritos mais, mas como é habitual alguns não conseguem obter os vistos necessários para virem da China para Macau. É uma pena”, lamentou ao Jornal Tribuna de Macau.

Ana Nunes, docente a cargoda organização do curso, explicou que a instituição recebeu perto de 500 inscrições, “contudo, há sempre alguns atrasos, em termos burocráticos, o que, por sua vez, dificulta a obtenção de vistos”. Para além disso, a responsável notou que “há ainda algumas regiões da China que não passam os vistos apenas com as informações dadas pelo Departamento de Português/Universidade de Macau. O que vem, obviamente, diminuir o número de inscrições efectivas”.

Antes da mudança para o campus da Ilha da Montanha, o processo de selecção tinha em conta o contingente de professores, a capacidade de alojamento e alimentação, factores que limitavam a admissão de participantes.

Apesar disso, Ana Nunes,considera que o número de inscritos “revela o crescente interesse no programa e a forma como consegue chegar um pouco a toda a China e ao Mundo”.

Este ano, o programa irá receber novamente alunos dos Estados Unidos, concretamente quatro, mais três do que em 2015. “A divulgação do curso, que sempre fazemos, é boa”, salientou.

A maioria dos inscritos vem da China, Coreia do Sul, Vietname, mas contam-se ainda estudantes de Timor-Leste (dois apoiados pela Fundação Oriente), Reino Unido, Singapura, sem esquecer os locais.

Por outro lado, assegurou que todos os anos é feito algo para melhorar o curso de Verão. “Seria muito mau sinal se não fossemos aprendendo a reinventarmo-nos. Acredito que o sucesso dos 30 anos que o Curso de Verão completa este ano, numa Universidade que comemora 35 anos também este ano, se deve a essa constante preocupação, dos professores que, ao longo dos anos estiveram na organização, fazer sempre mais e melhor”, afirmou a professora.

Na edição número 30, a instituição vai abrir pela primeira vez uma turma de nível superior, acrescentando um patamar ao já existente do avançado, e uma turma de tradução Português/Chinês. Por outro lado, os participantes terão acesso a todas as actividades que os alunos da UM realizam durante o ano lectivo no campus.

De acordo com a docente de linguística, não foram recrutados professores no estrangeiro, sendo as aulas administradas por docentes da instituição, que abdicam de parte do seu tempo de descanso e férias.

“Normalmente, o ambiente que se vive durante o Curso de Verão entre professores, funcionários administrativos e alunos é muito bom e isso faz esquecer o cansaço que um curso destes implica, pelo seu ritmo acelerado”, confessou, salientando que existe um sentimento de “dever cumprido” na equipa docente e satisfação por ver os alunos satisfeitos.

Desde o início do Curso de Verão foram formados cerca de 6.000 estudantes, dos quais um terço oriundos de Macau. Liane Ferreira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

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