O
Curso de Verão de Língua e Cultura Portuguesa da Universidade de Macau celebra
nesta edição 30 anos e entre os cerca de 380 participantes confirmados
contam-se quatro vindos dos Estados Unidos. Tal é visto como um reflexo do
“crescente interesse” no programa. As novidades deste ano incluem uma turma de
tradução de Português-Chinês e outra de nível superior
Entre 18 de Julho e 5 de
Agosto de 2016 a Universidade de Macau (UM) volta a destacar-se como pólo de ensino
de Português com a realização da 30ª edição do Curso de Verão de Língua e
Cultura Portuguesa. Este ano inscreveram-se mais 100 estudantes do que em 2015.
Segundo informações facultadas
por Fernanda Gil Costa, directora do Departamento de Estudos Portugueses,
chegarão à UM cerca de 380 alunos. “Estavam inscritos mais, mas como é habitual
alguns não conseguem obter os vistos necessários para virem da China para
Macau. É uma pena”, lamentou ao Jornal Tribuna de Macau.
Ana Nunes, docente a cargoda
organização do curso, explicou que a instituição recebeu perto de 500
inscrições, “contudo, há sempre alguns atrasos, em termos burocráticos, o que,
por sua vez, dificulta a obtenção de vistos”. Para além disso, a responsável
notou que “há ainda algumas regiões da China que não passam os vistos apenas
com as informações dadas pelo Departamento de Português/Universidade de Macau.
O que vem, obviamente, diminuir o número de inscrições efectivas”.
Antes da mudança para o campus
da Ilha da Montanha, o processo de selecção tinha em conta o contingente de
professores, a capacidade de alojamento e alimentação, factores que limitavam a
admissão de participantes.
Apesar disso, Ana
Nunes,considera que o número de inscritos “revela o crescente interesse no
programa e a forma como consegue chegar um pouco a toda a China e ao Mundo”.
Este ano, o programa irá
receber novamente alunos dos Estados Unidos, concretamente quatro, mais três do
que em 2015. “A divulgação do curso, que sempre fazemos, é boa”, salientou.
A maioria dos inscritos vem da
China, Coreia do Sul, Vietname, mas contam-se ainda estudantes de Timor-Leste
(dois apoiados pela Fundação Oriente), Reino Unido, Singapura, sem esquecer os locais.
Por outro lado, assegurou que
todos os anos é feito algo para melhorar o curso de Verão. “Seria muito mau
sinal se não fossemos aprendendo a reinventarmo-nos. Acredito que o sucesso dos
30 anos que o Curso de Verão completa este ano, numa Universidade que comemora 35
anos também este ano, se deve a essa constante preocupação, dos professores que,
ao longo dos anos estiveram na organização, fazer sempre mais e melhor”,
afirmou a professora.
Na edição número 30, a
instituição vai abrir pela primeira vez uma turma de nível superior,
acrescentando um patamar ao já existente do avançado, e uma turma de tradução
Português/Chinês. Por outro lado, os participantes terão acesso a todas as
actividades que os alunos da UM realizam durante o ano lectivo no campus.
De acordo com a docente de linguística,
não foram recrutados professores no estrangeiro, sendo as aulas administradas
por docentes da instituição, que abdicam de parte do seu tempo de descanso e
férias.
“Normalmente, o ambiente que
se vive durante o Curso de Verão entre professores, funcionários
administrativos e alunos é muito bom e isso faz esquecer o cansaço que um curso
destes implica, pelo seu ritmo acelerado”, confessou, salientando que existe um
sentimento de “dever cumprido” na equipa docente e satisfação por ver os alunos
satisfeitos.
Desde o início do Curso de
Verão foram formados cerca de 6.000 estudantes, dos quais um terço oriundos de
Macau. Liane Ferreira – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário