No
fecho da reunião da AULP, Alexis Tam apontou a língua portuguesa como uma
“marca identitária” de Macau. De visita a Díli, o Secretário mostrou-se
disponível para estreitar a cooperação com Timor-Leste, incluindo apoio à
construção de uma Faculdade de Letras e no ensino de Chinês e Português, no
quadro da criação de um centro de formação bilingue na RAEM
Com um legado de cinco séculos
de língua portuguesa, Macau tem o Português como “marca identitária”, sublinhou
Alexis Tam na sessão de encerramento do XXVI Encontro das Universidades de
Língua Portuguesa (AULP), realizado em Díli. Segundo uma nota do seu gabinete,
o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura apontou a língua de Camões como
um dos “maiores instrumentos” dos países e regiões representados na AULP e
assegurou que o Governo da RAEM tem vindo a cumprir os planos de promoção da
língua portuguesa, sendo “visível o investimento” nesse domínio nas escolas e
universidades locais, bem como no “reforço do diálogo” com instituições de
ensino superior lusófonas e entre estas e as suas congéneres chinesas.
A política de reforço do
investimento no ensino da língua portuguesa está ainda alicerçada no plano
estratégico da China “Uma Faixa, Uma Rota”, referiu Alexis Tam, que também abordou
a questão da mobilidade, tanto de docentes como de alunos, que foi um dos temas
centrais do Encontro da AULP, cujos trabalhos foram liderados pelo presidente
da associação, Rui Martins, vice-reitor da Universidade de Macau.
Durante a estadia em Díli, o
Secretário encontrou-se com o ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos
Sociais e Ministro da Educação de Timor-Leste, António da Conceição, a quem manifestou
total disponibilidade para desenvolver a cooperação bilateral em áreas como a
educação, segurança social e cultura. Destacando a intenção de criar um centro
de formação bilingue em Macau, enquanto plataforma entre a China e os países de
língua portuguesa, Alexis Tam indicou que, nesse contexto, o território poderá
ajudar os alunos de Timor-Leste a aprender Chinês e Português.
Segundo o governante, Macau
poderá ainda apoiar o Governo de Timor-Leste na construção de uma Faculdade de Letras,
“onde não só a Universidade de Macau poderá cooperar, como também o Instituto de
Formação Turística, na formação de talentos timorenses na área da indústria
turística”.
Relativamente ao turismo,
Alexis Tam apresentou o plano de transformação do território num Centro Mundial
de Turismo e Lazer, “outra área onde Timor-Leste poderá aprender com a
experiência de Macau”, e garantiu que o Governo está disponível para receber
mais alunos timorenses que pretendam estudar em Macau.
Por sua vez, António da
Conceição considerou que “Macau seria um parceiro de excelência para elevar a
formação de recursos humanos na área da educação, e com especial destaque, na investigação
científica”, revela a nota oficial.
O Secretário para os Assuntos
Sociais e Cultura também foi recebido pelo Embaixador da RPC em Timor-Leste,
Liu Hongyang, que fez votos para que Macau possa aproveitar as boas relações
com os países lusófonos, bem como “assumir um papel activo no desenvolvimento
de cooperação nas áreas do turismo, da cultura e da educação”. In “Jornal
Tribuna de Macau” - Macau
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