SÃO
PAULO – A FTA Transportes surge como a mais nova opção do Grupo Fiorde no ramo
de transporte de carga, substituindo a Fiorde Cargo, companhia que estava no
mercado desde 1989. Como sucessora da Fiorde Cargo, a FTA Transportes já conta
com 150 profissionais altamente qualificados, possuindo ampla e moderna frota
com mais de 50 veículos, entre caminhões-baú e porta-contêineres, todos
rastreados por satélite e equipados com aparelhos Nextel. Além disso, mantém
uma equipe de monitoramento interno, com atualização constante do status da carga em seu sistema ERP, o
que garante a segurança da mercadoria.
“Criamos
esse nome para desvincular a nova empresa da Fiorde Logística Internacional,
companhia-gênese do grupo, que atua no mercado desde 1985”, explicou o
diretor-executivo da FTA Transportes, Mauro Lourenço Dias, fazendo questão de
ressaltar que a empresa passa a desempenhar todos os serviços anteriormente
prestados pela Fiorde Cargo. Dessa maneira, a nova empresa continuará a trabalhar
com todo tipo de carga, inclusive a refrigerada de alimentos e medicamentos com
autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de estar
capacitada para atender às exigências do Exército para o transporte de
armamentos e correlatos.
Atuando
em todo o território nacional, a FTA Transportes, segundo o seu diretor, traça
as melhores rotas para garantir o melhor custo-benefício. “Com vasta
experiência na entrega dos mais variados materiais em todo o País, contamos com
filiais em Santos e Belo Horizonte e escritórios de apoio nos aeroportos
internacionais de Guarulhos e Viracopos”, ressaltou.
A
FTA Transportes é também especializada no transporte de contêineres, o que
garante maior eficiência na movimentação do material, de forma rápida e segura,
mantendo a tradição de bom atendimento que caracteriza a Fiorde Logística
Internacional, hoje uma das mais modernas empresas prestadoras de serviços do setor
de comércio exterior, com escritórios nos principais portos e aeroportos do
País, atuando como assessoria e despachos aduaneiros de importação e exportação
e agenciamento de cargas (freight
forwarder) aéreas e marítimas, além de operar como NVOCC (Non Vessel Operator Common Carrier) e
armazenamento.
Segundo
Mauro Lourenço Dias, a FTA
Transportes está ainda qualificada para manusear e transportar produtos
químicos, sendo certificada pelo Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio
Ambiente e Qualidade (Sassmaq), da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim),
que avalia o desempenho das empresas que prestam serviços à indústria química. “A
aprovação no Sassmaq é um importante diferencial da FTA Transportes,
comprovando a sua qualificação nas operações logísticas no transporte de
produtos químicos, além de garantir a qualidade do serviço prestado”, disse.
PERSPECTIVAS
Apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor,
como a precariedade de estradas e rodovias, além do baixo nível de segurança e
infraestrutura logística para o escoamento e armazenagem da produção nacional,
as perspectivas, para o setor de transporte rodoviário de cargas, segundo o
executivo, são positivas. “Apesar de tudo o que se tem discutido em seminários
e congressos, a matriz de transporte brasileira, dificilmente, será alterada a
médio prazo em razão da grande extensão territorial do País e da diversidade na
produção nacional de produtos básicos, como commodities agrícolas, metálicas e
minerais”, disse, destacando que é igualmente baixo o desenvolvimento em outros
modais, como o ferroviário e o aquaviário.
“Ao mesmo tempo, também é sofrível o nível de
investimentos no transporte aéreo, seja em máquinas e equipamentos, seja na
infraestrutura dos aeroportos”, acrescentou, lembrando que o setor de
transporte rodoviário responde por aproximadamente 61% da movimentação de
cargas no País.
Mauro Dias, que é também vice-presidente da
Fiorde Logística Internacional, citou estudo da Confederação Nacional de
Transporte (CNT) que mostrou como o custo de logística pode ser encarecido em até
40% em razão da má qualidade da infraestrutrura rodoviária do País. Segundo o
estudo, ao final de 2015, só cerca 200 mil quilômetros de rodovias, de um total
de 1,8 milhão, estavam pavimentados. “Ora, se o modal rodoviário é o mais
utilizado, é de se imaginar o que o País perde por apresentar uma malha
rodoviária que, em muitos Estados, nada fica a dever à dos países mais pobres
do mundo”, observou.
O
diretor da FTA Transportes criticou a política externa
que, durante os últimos 13 anos, misturou ideologia com comércio, deixando o
País, praticamente, paralisado e isolado. “Por isso, o que se espera agora é
que o governo interino procure uma reaproximação intensa com o mercado
norte-americano e procure levar de vez o Mercosul a um acordo com a União
Europeia, depois de quase 16 anos de negociações infrutíferas”, disse.
Segundo o empresário, se o Mercosul tivesse se mantido na trajetória que
seguiu em seus primeiros 11 anos, quando buscou a liberalização econômica e a
abertura de mercados, e não se transformado em fórum político e social, sem
avanços na área comercial, por certo, teria ajudado a viabilizar a Área de
Livre Comércio das Américas (Alca), proposta pelo governo norte-americano, e
concluído o acordo com a União Europeia. “Sem contar que já estaria funcionando
como união aduaneira, tal como foi preconizado no Tratado de Assunção, que o
criou em 1991”, argumentou.
INTERCÂMBIO COM EUA
Mauro Dias lembrou ainda que, em 2002, 16% do comércio exterior
brasileiro eram executados com os países do Mercosul, lamentando que, hoje,
essa porcentagem mal alcance 9%. “Parece claro que o Brasil hoje paga a conta
provocada por seus próprios erros”, disse. O resultado dessa política equivocada, segundo
o empresário, é que a participação dos EUA no total das exportações brasileiras
caiu de 25,7% em 2002 para 6% em 2014 (US$ 13,7 bilhões de um total de US$
225,1 bilhões). “Ou seja, a parcela do Brasil nas compras norte-americanas está
ao redor de 1%, um peso extremamente insignificante”, constatou. “Mesmo assim,
nos últimos anos, o Brasil se deu ao luxo de ser uma das pouquíssimas nações
com as quais os EUA têm superávit comercial”, acrescentou.
O diretor-executivo da FTA Transportes lamentou ainda que o governo
brasileiro tenha feito vistas grossas ao que se passava no resto do mundo,
ressaltando que, nos últimos 15 anos, foram assinados mais de 400 acordos
comerciais, mas o Brasil hoje só mantém tratados com a Índia e Israel e mais
três em fase de ratificação com Palestina, Egito e União Aduaneira da África Austral.
Para reverter essa situação, defendeu que, além de excluir a influência
político-partidária da questão comercial, é preciso acabar com o atual isolamento
comercial. “Além disso, é fundamental reduzir o custo Brasil para incentivar as
exportações. Ou seja, é preciso diminuir a carga tributária, melhorar a
infraestrutura logística e praticar isonomia nos incentivos fiscais”, sugeriu.
Apesar
do quadro de incertezas, Mauro Dias não perde o otimismo, pois acredita que é
em tempos de crise que surgem as melhores oportunidades. “No nosso caso
particular, não estamos colocando propriamente uma nova empresa no mercado, mas
dando continuidade a um trabalho que já vinha sendo desenvolvido desde 1989”,
disse, ressaltando que o Brasil vai continuar a importar e a exportar em grande
quantidade e a tendência é que os números cresçam. “Para isso, é preciso passar
para o exterior uma imagem de seriedade, de um ambiente saudável de negócios”,
disse.
SEM
PREVISÃO
O
empresário reconhece que a crise política e econômica que tomou o Brasil em
2016 dificulta qualquer previsão para 2017 ou 2018. “Aliás, o único consenso é
que a turbulência vai continuar, mas a sensação que temos é que o pior já
passou”, garantiu, destacando que o Ministério da Indústria, Comércio Exterior
e Serviços (MDIC) prevê para 2017 um superávit de US$ 35 bilhões na balança
comercial, puxado pela maior exportação de grãos e pela desvalorização cambial.
“O resultado deve ser muito superior ao deste ano, que pode chegar a US$ 17
bilhões. Obviamente, isso significa mais trabalho para o transporte rodoviário
de cargas”, concluiu. Grupo Fiorde -
Brasil
Sem comentários:
Enviar um comentário