O
“novo” Canal do Panamá foi oficialmente inaugurado no passado domingo, com a passagem do
Cosco Shipping Panama. O investimento de mais de 5,2 mil milhões de dólares
está destinado a mudar o shipping a nível mundial. Só não se sabe como.
O “Cosco Shipping”, um
neopanamax de 48,25 metros de largura e 299,98 metros de comprimento, e com
capacidade para transportar até 9 400 TEU, entrou na eclusa de Água Clara, no
lado do Atlântico do Canal do Panamá, pelas 7 horas locais (13h30 em Portugal).
A eclusa demorou quase duas horas a encher, até que o navio pudesse navegar
para a eclusa intermédia e depois, para a seguinte, até sair para o oceano
Pacífico.
Depois da ampliação, o Canal
do Panamá passa a permitir a passagem de navios com capacidade para transportar
até 13 mil TEU, três vezes mais do que até agora.
Os trabalhos de ampliação
começaram em 2007, com um orçamento inicial de 5,25 mil milhões de dólares
(4,74 mil milhões de euros). A obra foi entregue à Autoridade do Canal do
Panamá no passado dia 31 de Maio, com cerca de dois anos de atraso em relação
ao prazo previsto. E o consórcio construtor Grupo Unidos por el Canal (liderado
pela espanhola Sacyr) reclama cerca de 3,4 mil milhões de dólares (3,07 mil
milhões de euros) de sobrecustos.
Presente na cerimónia
inaugural, o Presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, prestou homenagem às
mais de 30 mil pessoas que trabalharam na ampliação do Canal ao longo de quase
nove anos.
Já o presidente da Autoridade
do Canal do Panamá, Jorge Quijano, destacou as novas oportunidades que o Canal
fará surgir. “Esta rota de trânsito é a ponta do iceberg de um plano ambicioso
destinado a converter o Panamá no centro logístico das Américas, e representa
uma oportunidade significativa para os países da região melhorarem as suas
infraestruturas, fazerem crescer as suas exportações e estimularem o
crescimento económico em parceria connosco”, afirmou.
Pelo “velho” Canal do Panamá
passava anualmente o equivalente a 6% do comércio mundial. A partir daqui as
expectativas são grandes, ainda que não devam concretizar-se de imediato,
avisam os analistas. Companhias de navegação e portos começam a preparar-se
para tirar partido do novo potencial, mas a economia mundial não está a ajudar.
In “Transportes & Negócios” - Portugal
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