Ulisses Correia e Silva, Primeiro-Ministro de Cabo Verde, foi recebido, dia 17 de junho, pelo Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, no âmbito da visita oficial que aquele governante efetuou a Portugal.
Foi descerrada uma placa que
assinalou a passagem de Ulisses Correia e Silva pela UCCLA.
De referir que, antes de ter sido eleito Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva era o presidente da Câmara Municipal da Praia e, nessa qualidade, presidente da Comissão Executiva da UCCLA (2012-2014).
Vitor Ramalho saudando a
visita de Ulisses Correia e Silva, elencou alguns dos projetos desenvolvidos
com o então presidente da autarquia da Praia, como o “problema do vulcão da
Ilha do Fogo que afetou de uma forma forte e significativa as populações da
ilha. Houve uma resposta da parte da UCCLA, em que várias instituições deste
país acolheram”, através, nomeadamente, com diversos donativos, assim como
“verbas que foram canalizadas para a Cruz Vermelha de Cabo Verde”, o
“fornecimento, a 13 bairros pobres, de canalização de água potável”, assim como
o trabalho na área da segurança urbana, concluindo que apenas “foi possível mercê
da determinação” de Ulisses Correia e Silva.
O Secretário-Geral reafirmou
que, durante o mandato de Ulisses Correia e Silva na UCCLA, houve um
“aprofundamento das relações entre os nossos povos e países que falam
português”.
“Fizemos questão de incluir a
UCCLA nesta visita por relações afetivas e por relações de trabalho” foi assim
que Ulisses Correia e Silva iniciou a sua intervenção, acrescentando ser o
“momento de retribuição vir a esta casa novamente, numa qualidade diferente”
por todo o “trabalho conjunto, com muita cumplicidade, com Vitor Ramalho e com
toda a equipa da UCCLA”.
O Primeiro-Ministro afirmou
que este encontro permite “ressaltar e reafirmar, uma vez mais, a importância
da UCCLA, enquanto uma organização que se desenvolveu muito desde a sua
criação, pelo Kruz Abecasis, e que teve sempre a intenção que a lusofonia
atingisse as capitais dos países” e tem sido uma “complementaridade muito forte
relativamente a tudo o que tem sido intervenções na área do espaço lusófono,
incluindo a CPLP”.
Ulisses Correia enalteceu todo
o trabalho desenvolvido com Vitor Ramalho “facilitado pelas boas relações “,
dando exemplo a erupção vulcânica do Fogo. Na situação era necessário
“mobilizar um conjunto de apoios e, na fase seguinte, já tínhamos em campo, com
a Embaixada de Cabo Verde em Portugal, um conjunto de ações que permitiram com
que a mobilização da sociedade portuguesa se fizesse sentir, desde empresas,
organizações, individualmente pessoas que se mobilizaram para dar uma resposta
positiva às necessidades daquela altura”.
Salientou, ainda, o “grande
papel que a língua portuguesa tem e continuará a ter, seguramente e com
perspetiva de grande futuro, no desenvolvimento dos nossos países, não só no
valor cultural, histórico, de união, mas de um valor económico que precisamos
de desenvolver ainda mais, porque a língua é um fator que facilita negócios,
entendimentos, conhecimentos mútuos e padrões comuns. Nesta área temos um longo
campo a desenvolver para concretizar o conceito da comunidade, que tem potencial
de desenvolvimento”, acrescentando que o Governo de Cabo Verde está empenhado
em ser um “interlocutor útil, proactivo no desenvolvimento desse espaço da
comunidade lusófona e a UCCLA marcou e marca um ponto de referência”.
O Primeiro-Ministro concluiu a
sua intervenção fazendo “um tributo” a Vitor Ramalho pela “sua liderança” e
pela grande “vontade de fazer afirmar a lusofonia no espaço lusófono e no
mundo”, assumindo o compromisso de “continuarmos juntos a desenvolver esta
grande caminhada, porque acreditamos que é com visão que conseguiremos fazer o
espaço da lusofonia passar e a passar cada vez mais”, pois “temos história e
temos percurso para a frente, para avançar”.
Estiveram, também, presentes o
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Comunidades e Ministro da Defesa de Cabo
Verde, Luís Filipe Lopes Tavares, Ministro da Administração Interna de Cabo
Verde, Paulo Rocha, Ministro da Cultura e Indústrias Criativas de Cabo Verde,
Abraão Vicente, Embaixadora de Cabo Verde em Portugal, Madalena Neves, vereador
Carlos Manuel Castro, da Câmara Municipal de Lisboa, representantes de empresas
e cidades da UCCLA, representantes de associações lusófonas e demais entidades.
UCCLA
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