Bissau - Angola ocupa a 23.ª
posição na classificação da União Interparlamentar (UIP), com 36,8 por cento de
mulheres representadas no Parlamento, disse a perita Karen Jabre, na sequência
da divulgação do relatório anual da organização com sede em Genebra.
Angola sobe cinco lugares, sem
conhecer nenhum incremento no número de deputadas.
O número de mulheres deputadas
em Portugal passou de 31,3 por cento em 2014 para 34,8 por cento em 2015, mas
Portugal continua na 30.ª posição na lista global.
A perita sublinhou ainda que
“mais oito mulheres acederam ao parlamento após a formação do Governo” em
Portugal.
O Brasil conheceu um ligeiro
aumento no número de mulheres no parlamento em 2015 em relação ao ano anterior,
encontrando-se actualmente 9,9 por cento de mulheres na Câmara dos Deputados e
16 por cento de mulheres no Senado Federal, enquanto no ano anterior se
contabilizava nove por cento de mulheres na Câmara dos Deputados e 13,6 por
cento de mulheres no Senado Federal.
Apesar de melhorar a sua
pontuação, o Brasil ainda ocupa a última posição entre os países da CPLP e está
no 154.º lugar da classificação da organização.
“Com 9,9 por cento de
mulheres, a percentagem é relativamente baixa em relação aos 27,7 por cento da
região das Américas”, disse a especialista da UIP.
Os restantes países lusófonos
não conheceram alterações particulares em relação às estatísticas divulgadas no
ano passado. “Não houve eleições naqueles países lusófonos. Isso explica a
ausência de mudança”, disse Karen Jabre.
Moçambique continua a ser o
país lusófono com o maior número de mulheres no parlamento. O país ocupa o 15.º
lugar, com 39,6 por cento de mulheres no parlamento, mas perdeu dois lugares em
relação ao ano anterior apesar de manter as mesmas estimativas.
A Moçambique seguem-se, por
ordem decrescente, Timor-Leste, Angola, Portugal, Guiné Equatorial, Cabo Verde,
São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Brasil.
Na 20.ª posição, Timor-Leste
perdeu dois lugares em relação ao ano anterior, com 38,5 por cento de mulheres
representadas no parlamento nacional. Como no ano anterior, o país obtém o
melhor resultado da região Ásia e Pacífico.
A Guiné Equatorial, o mais
novo membro da CPLP, está no 68º lugar da classificação mundial, com 24 por
cento de mulheres representadas no parlamento, enquanto Cabo Verde sai do 80º
lugar (20,8 por cento) e ocupa agora o 71.° lugar, com uma Assembleia Nacional
constituída por 23,6 por cento de mulheres.
Já São Tomé e Príncipe está na
110.ª posição, com 18,2 por cento de mulheres representadas, seguido da
Guiné-Bissau, no 129.º lugar, com 13,7 por cento de mulheres.
Comparativamente a 2014 (22,1
por cento), a nível mundial, a percentagem de mulheres representadas em
parlamentos subiu sensivelmente em 2015 para 22,6 por cento.
Desde a adopção em 1995 do
programa de Pequim para a Emancipação das Mulheres, a média mundial passou de
11,3 por cento em 1995 para 22,1 por cento em 2015 e atinge actualmente 22,6
por cento. Ruanda, Bolívia e Cuba estão à cabeça da lista na representação de
mulheres no parlamento.
A perita da UIP acrescentou
que “quotas sólidas, com sanções, partidos políticos engajados, vontade
política e mulheres capacitadas” são iniciativas chaves para aumentar o número
de mulheres nos parlamentos.
O relatório referencia a nível
mundial o número de mulheres nos parlamentos até ao dia 1 de Janeiro de 2016.
A classificação da UIP abarca
191 países. A UIP agrupa 166 membros e dez membros associados e foi criada em
1889, com sede em Genebra, na Suíça. In
“Agência de Notícias da Guiné”
– Guiné-Bissau
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