A luta do povo da Casamansa pela
sua liberdade cruzou o tempo e o espaço na nossa história sem que conduzisse a
uma solução definitiva e duradoura. No entanto, a nossa vontade como povo e
nação, de viver livremente não sofre nenhuma fraqueza e não é afectada por alguma
vaidade. A ideia que nós defendemos, todas e todos, é incontestavelmente a
liberdade do nosso povo.
Esta liberdade é
principalmente um direito natural que é legítimo e que quase não precisa de
aprovação ou aviso prévio. Especialmente, que o direito de escolher o seu destino
está consagrado em todas as convenções internacionais sobre os direitos dos
povos, incluindo a Carta das Nações Unidas (ONU). Só depois que ela é
impulsionada por uma luta política, que conduzirá sem dúvida, à instauração de
um Estado independente e autónomo caracterizado por leis no seio da
administração e das instituições do Estado. Constata-se, hoje, a situação sombria
sobre o Pays des Rivières, em todos
os níveis.
Às vezes, podemos até achar
que é uma situação impossível. Ainda assim, a nossa história comum tem mostrado
que sempre que a Casamansa estava em perigo, sabíamos, como um povo amante da
liberdade, superar algumas diferenças para nos unir. As lutas contra o
colonialismo português, inglês, francês e hoje senegalês são exemplos desse
sentimento de pertença a um só povo, com a mesma história e um destino comum.
Quando se trata de libertação,
a Casamansa nunca desiste. Isto é tão conhecido da casamancesa e do casamancês
mas também dos portugueses, franceses e ingleses antes mesmo de Richard Nixon,
o 37º Presidente dos Estados Unidos declarar: "O homem não está acabado
quando enfrenta a derrota. Está acabado quando desiste." Bintou Diallo - Casamansa
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