No velhinho Windsor Park em Belfast, na Irlanda
do Norte, onde pela última vez se realizou um jogo de futebol ao nível de
selecções, estiveram presentes as equipas de Portugal e da Irlanda do Norte.
Não vou falar do jogo de futebol, pois o que
por aí mais há são especialistas sobre o mundo do futebol, principalmente
homens da política, que ao descobrirem a realidade em que se move este
desporto, rapidamente o abraçaram como seu, pois por este universo circula
muito dinheiro, com a vantagem de não ser controlado.
Antes do jogo iniciar, primeiro tocou o hino
de Portugal, “A Portuguesa” que os jogadores da equipa nacional, cantaram do
seu jeito, embora a um ritmo diferente da música e da claque, constituída principalmente
por emigrantes, que cantava a bons pulmões na bancada do estádio.
Depois ouvimos o hino que representa a equipa
da casa “God Save the Queen”, assistimos à grande maioria dos jogadores da
Irlanda do Norte, mudos, calados, distraídos, desinteressados, amnésicos, como
se a música que estava no momento a tocar, nada lhes dissesse, estava ali por
empréstimo, diria mais por obrigação. O que eles estavam ali a manifestar é que
são profissionais da bola, estavam ali para jogar e receber o melhor prémio
possível, que lhes seria entregue caso vencessem o jogo em disputa.
O verdadeiro protagonista |
Fiquei a pensar… como seria uma selecção de
jogadores catalães, ou galegos, ou bascos a jogarem sob o hino da Espanha a “Marcha
Real”, que comportamento eles teriam?
Depois como nesta Europa estão a brotar do solo
autoritarismos, disfarçados de democratas, este jogo teve o espelho desta
realidade, num homem vestido de negro de nome Danny Makkelie com origem
holandesa, que mais parecia um ditador que desejava e quase conseguiu ser o
protagonista deste evento. Baía da
Lusofonia
Sem comentários:
Enviar um comentário