A
distância dói-me sempre na alma
o
silêncio dói-me no universo do meu corpo a ele vão sempre parar as palavras
e os silêncios que me torturam
A
história se repete sempre do mesmo jeito
como
as estações de cada ano… sei, sei que devia estar acostumada mas…
a cada despedida numa só tarde de Agosto
eu vivo sete longos invernos
Não
sei mais permanecer em paz
tu
não sabes passar as folhas do livro sem folhas que é a nossa vida
Eu
sozinha leio as paginas que nem restam
ora
eu, menina poeta selvagem: invento !leio em voz baixa e tu mantens a luz desligada
ficas calado sorrindo só para os morcegos
Pensas
que os deuses talvez não te vejam
e
não te somem pontos para o des-paraíso ao que com certeza nós iremos,
tu por direito próprio…
e eu por seguir-te, eu por seguir-te…
Achas
que coleccionar infernos aqui abaixo
contará
para alguma cousa… Ou será a tua uma falsa calma?
Escondes
sempre a palavra que cura
e
silêncio enche o buraco deixado no meu peitoe eu não aprendo, eu não aprendo !!
mostro e mostro meu lado vulnerável…
Prefiro
antes a palavra ferida
do
que o abismal silêncio que me partecomo navalha viva que furasse o céu
ou como dentes que rasgassem a alma
Concha Rousia -
Galiza
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