A população de Vunidogoloa, uma pequena
aldeia a meia hora da cidade de Savusavu, em Vanua Levu, a segunda maior ilha
da República de Fiji, conhece por experiência própria, como as alterações climáticas
devido ao aquecimento global da atmosfera, podem alterar o quotidiano das suas
vidas.
O aumento do nível do mar tem afectado
severamente o povo deste povoado, ao derrubar as barreiras que a protegem do
oceano, inundando os terrenos férteis para a agricultura e criando uma erosão
nos alicerces das habitações construídas em madeira, que as leva à destruição.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT)
lançou um projecto de apoio às populações atingidas denominado “Dinheiro por
Trabalho” que liderado pelos próprios habitantes da aldeia, tem reconstruído em
lugar seguro, novas habitações. As entidades oficiais da República de Fiji são
as principais responsáveis deste plano, contribuindo com dois terços do
capital. A OIT financiou a compra de pés de abacaxis e bananeiras e outras
culturas, a serem plantadas junto à nova aldeia, com a finalidade de criar
riqueza na população.
Enquanto as comunidades desenvolvidas do
ocidente continuam a enviar para a atmosfera grandes quantidades de dióxido de
carbono, oito anos após a entrada em vigor do Protocolo de Quioto, um tratado
internacional com compromissos rigorosos para a redução da emissão de gases que
aumentam substancialmente o efeito de estufa, que causam o aquecimento global, as
populações indefesas e vivendo de subsistência em locais remotos, são as mais
afectadas por este egocentrismo das sociedades consumidoras. Baía da Lusofonia
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