O Eixo Atlântico (EA) quer avançar entre os próximos três a cinco anos com dois novos conceitos de turismo, o policêntrico e o de autor, anunciou em Ermesinde, distrito do Porto, o secretário-geral, Xoán Mao
A
revelação foi feita durante a apresentação da Expoval – Mostra do Concelho de
Valongo e da Expocidades, Mostra de Turismo dos Municípios do Eixo Atlântico,
que decorrerão entre quarta-feira e 10 de setembro no Parque Urbano de
Ermesinde, numa parceria com a Câmara de Valongo.
“Nos
próximos dias irei ter uma reunião com a área do Turismo [da União Europeia],
em Bruxelas, porque eles estão muito interessados em alguns dos nossos
conceitos depois de termos criado e registado o conceito de turismo de
fronteira ‘dois países, um destino’ e que hoje está em uso em muitas partes da
Europa. E agora vamos lançar três novos conceitos”, começou por dizer o
responsável do EA.
Sobre
o primeiro, a que chamou turismo policêntrico, disse Xoán Mao ser pensado para
quem vai a uma grande cidade do território “e só lá fica dois dias, quando há
tanto para ver na periferia, noutras cidades”, abrindo a porta a que visite
outros zonas do território e conheça a oferta cultural e gastronómica de um
território que abrange sete milhões de pessoas.
Do
segundo conceito, turismo de autor, disse o dirigente galego “é como a cozinha
de autor, algo que se forma com criatividade e se torna num elemento de
competitividade (…) algo que mostre a vida das pessoas, a natureza”, evitando
“ficar cativo das refeições nas cadeias de hotéis, conhecendo mais do que o
centro das principais cidades”.
“Por
último, isto já não é novo, mas estamos a trabalhar intensamente, queremos
melhorar o turismo acessível, assegurando que haja sempre uma cadeira para
instalar na mesa onde colocar o bebé, ou uma cadeira de rodas para um familiar
deficiente, ou acessibilidade para quando queres visitar um familiar e o
elevador não funciona, tudo para que consigamos ter um turismo de qualidade”,
descreveu o secretário-geral do Eixo.
Sublinhando
não estarem contra o “turismo low-cost”, enfatizou que a “qualidade tem sempre
de estar presente e isso não significa que seja caro e que tem de haver um
turismo que respeite o património e o ambiente e seja um motor qualificado da
economia”.
Questionado
sobre quando pensa poderem estar no terreno os conceitos hoje revelados, Xoán
Mao começou por responder que a “qualidade leva tempo”, explicando que, para
já, “importa definir o conceito, para o qual contam com o apoio de
especialistas e de peritos”, seguindo-se “a formação, o que significa falar com
universidades, institutos politécnicos para definir de que forma esta poderá
desenvolver-se”.
Depois,
continuou, “chegar ao mercado”, atingir a “sensibilidade dos operadores (…)
dando uma oportunidade às pequenas empresas, à gente que tenha capacidade
empreendedora”.
“Sinto,
que, com um pouco de sorte, entre três a cinco anos isto poderá ser uma
realidade. A Comissão Europeia está muito interessada e se der apoio ganharemos
um novo alento”, revelou o dirigente do EA. In “Bom dia
Europa” - Luxemburgo
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