Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Macau - Primeira Bienal Internacional de Mulheres Artistas

Arranca no Dia da Mulher a primeira Bienal Internacional de Mulheres Artistas de Macau. A pintora portuguesa Paula Rego será a madrinha da exposição e irá fazer-se representar na cerimónia de inauguração pela sua filha Victoria Willing. A Macau, a artista traz a obra “Nossa Senhora das Dores”. O evento prolonga-se até 13 de Maio, “curiosamente”, Dia de Nossa Senhora de Fátima, notou Carlos Marreiros, mentor do projecto, ao Ponto Final



A artista portuguesa Paula Rego vai ser a madrinha da primeira Bienal Internacional de Mulheres Artistas de Macau (ARTFEM), revelou Carlos Marreiros ao Ponto Final. A pintora vai estar representada na cerimónia de inauguração da exposição, marcada para 8 de Março, pela sua filha, Victoria Willing, e apresentará em Macau o quadro “Nossa Senhora das Dores”. O projecto, que vai juntar na cidade obras de mais de 130 artistas, tem como mentor Carlos Marreiros e é organizado em parceria pelo Albergue SCM e pelo Museu de Arte de Macau (MAM), dividindo-se pelos dois espaços. A Paula Rego juntam-se outros nomes como Graça Morais e Maria João Franco, também de Portugal, e a arquitecta Marta Ferreira e as pintoras Sofia Bobone e Ana Jacinto Nunes, de Macau.



Será o MAM que vai acolher o corpo principal da bienal, uma exposição que junta trabalhos de um total de 131 artistas provenientes de cinco continentes. É a dimensão deste evento que leva Carlos Marreiros a classificá-lo como “pioneiro e único no mundo”, ao trazer até Macau peças de pintoras de todos os países lusófonos e também de Hong Kong, China, Estados Unidos, Japão, Rússia, Georgia, Índia, Coreia do Sul e Irão, segundo avançou a agência Lusa. As cerca de três dezenas de artistas locais vão apresentar instalações e as restantes 100 vão exibir trabalhos de pintura e desenho. Uma parte da exposição será composta por obras que integram o acervo do MAM, cuja curadoria estará a cargo de Margarida Saraiva, enquanto que as restantes pinturas e desenhos das artistas convidadas são da responsabilidade dos curadores Lina Ramadas e José Isaac Duarte.

E que critérios foram tidos em conta na escolha das artistas? “Logo no topo, a qualidade e a representatividade do momento. Nas artistas mais consagradas, o seu significado e o seu contributo. Nas artistas emergentes, a potência da sua qualidade”, explicou Marreiros. No fim, um elemento comum une as pintoras convidadas: o que vêm apresentar é arte contemporânea. “Quanto às artistas mulheres, da geração actual, [em Macau], o número parece-me ser bastante maior e mais significativo que o dos homens. Estou a falar de puras artes plásticas”, frisou.

A bienal espraia-se pela cidade

Paralelamente, o Albergue irá acolher, a partir de 26 de Março, uma exposição da artista portuguesa Raquel Gralheiro, integrada na bienal. “The Chinese Zodiac” é uma mostra de “quadros muito vibrantes” que explora a “relação da mulher com o zodíaco chinês”, explicou Carlos Marreiros, acrescentando que esta se irá prolongar até Junho. A programação da bienal inclui ainda um conjunto de conferências, que irão acontecer nos dois espaços. Para já, estão confirmadas uma curadora e uma artista e galerista da China continental e uma galerista de Hong Kong. “Uma vai falar do conceito de artista-mulher, a valorização da mulher no mundo e a outra vai fazer um enfoque nas questões como galerista e nos desafios que encontra no dia-a-dia quando promove a arte no feminino”, adiantou o presidente do Albergue SCM.

Naquela que é a primeira edição da Bienal Internacional de Mulheres Artistas de Macau foi dada “total liberdade” temática às artistas, sendo que, na próxima edição, Carlos Marreiros irá procurar aproximar-se da tendência de eventos desta natureza que é a de impor um tema. Para a próxima edição, Carlos Marreiros visiona que o evento se estenda pelas várias zonas da cidade, mantendo o núcleo principal nas galerias do MAM e do Albergue. “Mas abri-lo à zona da Barra, às Oficinas Navais, à Galeria do Tap Seac, outras galerias da cidade e até na Zona Norte”, revelou.

Daqui a quatro anos, o arquitecto prevê uma extensão do evento para a China continental, através de parcerias e possíveis co-organizações. “Já arrancamos com 130 [artistas], o que é significativo, e estou convencido que, na terceira edição, ela estará consolidada no mundo. Tenho contactado também com gente do continente e qualquer dia vamos estendê-lo à China com organizações e cooperação extra-fronteiras”, declarou o arquitecto. Catarina Vila Nova – Macau in “Ponto Final”

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