Sendo o turismo uma actividade
importante para o desenvolvimento de uma cidade, criando postos de trabalho,
beneficiando das receitas de impostos que lhes permite recuperar e criar
infraestruturas, assistimos aos grandes centros urbanos internacionais a
preocuparem-se em preservarem os locais mais importantes e de maior interesse
histórico.
Foi notícia há dias, a decisão
da presidente da autarquia de Roma, a sra. Virginia Raggi, de aprovar uma lei
que proíbe os turistas de se alimentarem junto, num primeiro passo, a fontes
históricas, para alargar num futuro próximo a outros monumentos. Este comportamento
inadequado dos turistas para a manutenção da higiene e limpeza dos principais
monumentos romanos vai ser penalizado com uma coima de 40 a 240 euros.
Foi também notícia num destes
dias que a célebre fonte romana “Fontana Di Trevi” deu uma receita líquida no ano
passado de 1,3 milhões de euros, proveniente das moedas que os turistas lançam
para dentro de fonte.
Em Lisboa, os turistas também
deitam moedas para as duas fontes da Pç. D. Pedro IV, popularmente conhecido
por Rossio, mas parece que nem um cêntimo chega à tesouraria da autarquia, pois
da parte desta não há qualquer preocupação em garantir a segurança das moedas,
dos mais diversos valores, venham a chegar aos cofres do município.
Enquanto em Roma proíbem os
turistas de comerem junto às fontes, em Lisboa é precisamente o contrário.
Sistematicamente, através da autarquia ou da sua junta de freguesia Santa Maria
Maior, assistimos à colocação, de tascas, tasquinhas, tasquetas, no meio do
largo do Rossio, para que as pessoas possam comer, em concorrência com as lojas
envolventes que pagam os seus impostos, criando obstáculos a quem pretende
fotografar a bela praça e por fim, quando o arraial é levantado, não há uma
agulheta para lavar tudo aquilo que foi conspurcado.
Agulheta também não há para
lavar a Rua Augusta, considerada uma das trintas principais artérias a nível
mundial, em certas zonas o mau cheiro espalha-se pelas esplanadas onde os
turistas petiscam ou refrescam-se. Parte da calçada já não é branca de tanta
sujidade.
Há lojas na rua Augusta a
venderem óculos, pagam os seus impostos, mas ninguém se preocupa com os
vendedores ambulantes que vagueiam pela rua a incomodar os turistas, chegando a
colocar óculos nos rostos das turistas, sem a aprovação destas.
Colegas destes vendedores, por
vezes eles próprios vendem “louro” aos turistas, não havendo um jovem que não
seja incomodado com esta venda agressiva. As autoridades dizem que não podem
fazer nada, embora os vendedores digam que é “droga” tudo não passa de folhas
de louro. Mas afinal não estamos perante uma burla? Se são folhas de louro, os
vendedores passam factura da venda? É o que faz qualquer supermercado quando um
cliente vai comprar folhas de louro, passa uma factura.
Bem precisava a rua Augusta de
uma tolerância zero para quem suja a artéria e incomoda o turista que encontra
em Lisboa uma segurança ausente na maior parte da bacia mediterrânica e depois
alargar a mais artérias da baixa pombalina.
Porque estou a escrever hoje
sobre esta parte histórica da cidade de Lisboa? Simplesmente que o principal
responsável destas situações, o sr. Fernando Medina apresenta-se nesta
segunda-feira, 26 de Junho de 2017, como candidato à presidência da autarquia
lisboeta. Baía da Lusofonia
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