Faleceu,
na noite de 12 de junho, Alípio de Freitas, incansável militante da causa da
libertação dos povos.
Português de nascença, sua
militância revolucionária o fez brasileiro. Enviado ao Maranhão como padre pela
igreja católica, Alípio se ligou profundamente às massas pobres da periferia de
São Luís. Já fora da igreja, se destacou como dirigente das Ligas Camponesas na
década de 1960, chegando a ser seu secretário-geral. Foi ainda responsável pelo
jornal A Liga, órgão da luta camponesa. Com o Golpe militar-fascista de 1964,
passa à clandestinidade e dirige-se a Cuba, onde planeja voltar ao país e dar
prosseguimento à luta revolucionária. É preso em 1970 e passa quase dez anos no
cárcere, enfrentando e resistindo às mais brutais torturas.
Membro do conselho editorial
de A Nova Democracia, Alípio de
Freitas sempre foi assíduo leitor e ativo colaborador. Mesmo havendo perdido
completamente sua visão nos últimos anos, continuava zeloso ao desenvolvimento
do jornal, ouvindo atentamente a leitura feita por colaboradores.
Recebeu da Liga dos Camponeses
Pobres (LCP) a distinção de Presidente de Honra de sua organização. Alípio a
recebeu com grande entusiasmo.
Em fevereiro deste ano, Alípio
de Freitas promoveu o lançamento da nova edição de seu livro Resistir é Preciso, em Lisboa, ocasião
em que foi homenageado por seus 88 anos de luta e resistência que se
completaram no dia 17 de fevereiro.
Nos meses de maio e junho
deste ano, Alípio vinha recebendo uma série de homenagens prestadas por
diferentes organizações de Portugal e participando de debates, conferências e
concertos que celebravam uma vida inteira dedicada à luta.
Enfrentou recentes problemas
de saúde com firmeza e serenidade, sem interromper sua incessante atividade
junto aos movimentos populares, democráticos e revolucionários em Portugal e
outros países.
Enviamos à sua inseparável companheira
Guadalupe, à sua filha Luanda, familiares, amigos e companheiros nosso
fraternal abraço e nossos sinceros sentimentos. A Nova Democracia - Brasil
Sem comentários:
Enviar um comentário