Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 25 de outubro de 2015

Macau - Empresas lusófonas procuram parceiros na MIF

Novos parceiros de negócios chineses para relações sustentáveis e a longo prazo é o que as empresas lusófonas procuram na MIF. Apesar de estarem presentes no evento através de organismos oficiais ou associações, ainda desconhecem as vantagens do Fórum Macau para os seus negócios



O espírito da lusofonia está este ano em peso na 20ª edição da Feira Internacional de Macau (MIF), com mais de 150 expositores dos países de língua portuguesa à procura de novos parceiros.

Para Hernâni Campos, representante da empresa chocolateira Avianense, o objectivo é apresentar produtos e procurar uma maior quota de mercado na China e em Macau. “Achamos a introdução do produto mais fácil a partir de Macau, mas queremos encontrar um parceiro para trabalhar de forma sustentável e a longo prazo”, afirmou ao Jornal Tribuna de Macau.

Apesar de considerar a RAEM um mercado pequeno, Hernâni Campos acredita no sucesso de produtos como os bombons “Imperador”, pois podem ser personalizados para os hotéis locais à semelhança do que é feito em Portugal.

Por seu lado, Fernando Pais, director da empresa de lacticínios, “Rural Futuro”, conseguiu um parceiro de negócio logo na primeira manhã da MIF, que lhe comprou os 30 ou 40 quilos de queijo que trouxe.

“As expectativas são altas e temos sido muito procurados”, afirmou, acrescentando que, apesar do mercado chinês interessar muito, ainda existem alguns entraves, devido à reticência dos chineses em relação aos produtos lácteos. “São novos hábitos que têm de ser criados, mas quando isso acontecer abre-se uma nova porta para o comércio”.

Tanto Fernando Pais como a “Avianense” participam na MIF porque são sócios da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC), desconhecendo por completo o papel do Fórum Macau. O mesmo se aplica a Gabriel Celli e Marianne Novais, brasileiros que vivem em Cantão e vieram à MIF, depois de convidados pela agência de investimento brasileira.

De acordo com Gabriel Celli, pretendem entrar em contacto com o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) para saber as condições para a importação de produtos brasileiros para a China, através da RAEM, mas desconhecem as vantagens do Fórum Macau e do Acordo de Estreitamento das Relações Económicas e Comerciais entre o Interior da China e Macau (CEPA). “É especialmente caro colocar o vinho na China, por isso estamos a pensar fazê-lo por Macau, é mais fácil e barato e o cliente depois vem cá buscá-lo”, contou.

Na sua perspectiva, produtos naturais e orgânicos com boa promoção poderão ter saída no mercado chinês actual. Na MIF pretendem ver a reacção do público perante os produtos.

Por seu lado, os empresários de Macau conhecem o Fórum, mas têm opiniões díspares. João Li, associado da empresa local de tradução “Perfeição”, considera que a plataforma não funciona muito bem, porque todos os negócios que obteve devem-se a trabalho próprio da empresa, apesar de estarem inscritos no portal online de serviços, produtos lusófonos e profissionais bilingues do IPIM.

Já Edmund Wong, vice-presidente da Associação dos Exportadores e Importadores de Macau, considera que o interesse dos empresários locais e da China Continental tem vindo a crescer. “Os empresários da nossa associação estão muito satisfeitos e a nosso ver a plataforma tem funcionado na realidade”, afirmou. Liane Ferreira – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”

Sem comentários:

Enviar um comentário