Porque representa uma
poupança energética e, logo, uma poupança económica que pode ser essencial no
orçamento das famílias e empresas portuguesas. Porque promove a criação de
emprego especializado e contribui para a coesão territorial.
Celebrou-se no passado dia 3
de maio o dia internacional do sol. Porque devemos celebrar (e apostar) nesta
fonte de energia? Esta estrela, da qual todos os seres vivos dependem para a
sua sobrevivência, sempre foi um elemento fundamental e necessário. Também no
plano simbólico, o sol tem a sua importância material e imaterial.
Praticamente todas as formas
de energia usadas são oriundas do sol. É o caso da energia que extraímos dos
alimentos, que foi quimicamente acumulada durante o processo de fotossíntese,
por meio do qual as plantas usam a energia da luz solar para converter dióxido
de carbono, água e minerais em compostos orgânicos e oxigénio gasoso.
Ora, acontece que Portugal,
reconhecido mundialmente por ser um país de muito sol, tem que continuar a
fazer uma aposta clara nesta fonte de energia gratuita, limpa e inesgotável,
pois é um dos países mais pobres em recursos energéticos de origem fóssil. Mas,
fora esta razão, há outras que aqui deixo.
1. Porque representa uma
poupança energética e, logo, uma poupança económica que pode ser essencial no
orçamento das famílias e empresas portuguesas. Estamos a falar de poupanças na
ordem dos 50% diminuindo a dependência energética dos portugueses. Não é por
acaso que, em 2015, as fontes de energias renováveis contribuíram para cerca de
47% do total de consumo de energia elétrica em Portugal, representando a
energia solar apenas 2%. À nossa frente só está a Suécia e a Áustria.
2. O investimento em
energias renováveis promove a criação de emprego especializado e contribui para
a coesão territorial, em virtude da generalidade dos projetos se encontrarem
localizados em áreas menos favorecidas e, em muitos casos, em vias de
desertificação. Segundo um estudo recente, o número de empregos diretos e
indiretos criados pelo setor das energias renováveis em 2013 era de 2.811 e
37.916, respetivamente. Estima-se que em 2020 estes valores passem a 4.602 e
53.930, respetivamente.
3. Portugal pode afirmar-se
como um importante exportador de energia renovável. Se, nos próximos anos,
houver uma aposta clara na energia solar e nas renováveis em geral, conforme é
intenção do atual Governo e, por outro lado, as interligações das redes
energéticas com a Europa se concretizarem, criam-se condições ótimas para a
atração de investimento externo para o setor e podemos vir a ser um importante
exportador de energia no futuro.
4. Esta energia 100% limpa
reduz as emissões de gases que contribuem para o efeito de estufa – causadores
de inúmeras doenças que representam mais gastos com saúde. Ora, com a aposta em
energias alternativas estamos a criar uma série de externalidades positivas.
Entre elas, as poupanças em saúde.
Por estas, e muitas outras
razões, a aposta nas energias renováveis, nomeadamente na solar, deve ser
reforçada. É que o sol, mais do que uma fonte de energia limpa, pode ser também
uma fonte de energia para as nossas empresas e para as nossas famílias. Raúl Santos – Portugal in “Económico”
Raúl Santos - Partner da Sunenergy
Tel.: 239 700 750
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