Hedionda conspiração contra a Casamansa
O Senegal não quer fazer parar o seu jogo
doentio e perigoso que consiste em instrumentalizar os irmãos e as irmãs casamanseses
para atacar a Casamansa.
Tudo acaba por se saber. Esta regra, repetidamente
verificada, é aplicável às duras provas que os casamanseses experimentaram
desde 1960.
Depois de terem oposto os líderes políticos, os
líderes da guerrilha e os combatentes, mas também as mulheres do MFDC e aquelas
da dita “Plataforma”, desta vez a manobra visa dividir as comunidades cristãs e
muçulmanas a pretexto do fiasco que acompanhou os diferentes pólos de
sensibilidade do Movimento das Forças Democráticas de Casamansa (MFDC).
Os imãs e bispos “orientados” pelo Senegal
retomaram o mesmo discurso político e a mesma estratégia do Estado do Senegal visivelmente
para meter a faca na ferida. Um ataque ordenado, sugerindo que dum lado
estariam os bons, evidentemente o Senegal e o seu governo e do outro lado
estariam os maus, todos aqueles que na Casamansa pretendem ser livres e
independentes. Esta abordagem baseia-se na falsidade na acusação de ódio contra
o outro como ser humano. Os últimos acontecimentos da blasfémia do culto
católico em Ziguinchor esclarecem-nos.
Na Casamansa, todos nós sabemos, animistas,
cristãos e muçulmanos vivem em harmonia e simbiose, mesmo antes da chegada dos
colonizadores. O cemitério de Santhiaba em Ziguinchor, onde todos os mortos são
enterrados independentemente da sua religião, é a grande e bela ilustração da
vontade comum de viver juntos até à morte.
É necessário que estas acções visando semear a
discórdia entre os muçulmanos, cristãos e animistas cessem imediatamente. O
povo da Casamansa não o tolerará. Bintou
Diallo - Casamansa
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