Porto
do Lobito mobiliza interesses da Zâmbia
A Zâmbia está interessada em
escoar minérios através do Porto do Lobito, pelo facto de esse empreendimento
jogar um relevante papel no escoamento do cobre, cobalto e ouro, extraídos das
minas de Kansanshi e Lumwana, no noroeste do país.
A afirmação é do Ministro
das Relações Exteriores da vizinha República da Zâmbia, Harry Kalaba, que
constatou o funcionamento do Porto do Lobito, no quadro da sua visita a
Benguela.
O chefe da diplomacia
zambiana acompanhado da Secretária de Estado do Ministério das Relações
Exteriores para a Cooperação, Maria Ângela Teixeira de Alva Bragança, explicou
que grande parte dessas minas estão situadas próximas da fronteira com Angola
sendo, por isso, mais rentável utilizar o caminho-de-ferro de Benguela, ao
invés de outros, que são mais distantes e onerosos.
Harry Kalaba afirmou também
que “Benguela é uma via fundamental e parcimoniosa para as exportações do cobre
zambiano, bem como para importações de maquinaria, que ultimamente passam pelas
longas e onerosas vias ferroviárias e rodoviárias a partir da África do Sul,
através do Zimbabwe ou Botswana”.
De igual modo lembrou que,
“o CFB é uma linha directa para o Porto do Lobito, sendo este o mais
estratégico no Atlântico, através do qual bens para a Zâmbia podem ser
importados ou exportados a preços mais módicos, em relação aos mais distantes
portos sul-africanos”.
O cobre é a principal fonte
de divisas da Zâmbia, contribuindo com mais de 70 por cento na economia
nacional.
Recorde-se que a Zâmbia vai
iniciar a construção de uma linha ferroviária que vai ligar Chingola, no
coração da antiga província de Copperbelt, à fronteira de Angola, onde se junta
ao caminho-de-ferro de Benguela (CFB). Porto
do Lobito - Angola
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